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CIRO GOMES | Ciro bate em Temer, mas PDT se aliou com MDB em sete estados

Ciro Gomes (PDT), candidato a presidente, tem tentado aparecer publicamente, nos debates e entrevistas, como o maior combatente de Temer e seu governo, da “quadrilha” do MDB, segundo suas próprias palavras. Ao mesmo, tenta parecer crítico ao PT por ter sido “conciliador” com esses e outros partidos corruptos da direita. Mas no Brasil real, seu partido é o mais conciliador e tem alianças com o MDB de Temer em sete estados.

Ítalo GimenesMestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

segunda-feira 13 de agosto de 2018 | Edição do dia

Ciro tem apoio de um setor importante da população que se reivindica de esquerda, crítica ao PT e ao golpe, quando este declara demagogicamente rechaço às alianças que o partido fez com direita em especial ao MDB. Chega a dizer que não governaria com o MDB caso seja eleito. Mas por trás da máscara combativa vive um coronel e um conciliador.

Pesquisa de janeiro mostra como o PDT é o campeão nacional de coligações "polivalantes", e ocupa hoje cargos de relevância em 22 governos estaduais que vão do PSDB ao PT, passando pelo PMDB, coisa que o PT também faz.

Fora isso, procurou fortalecer a sua campanha junto aos burgueses golpistas da CNI (Confederação Nacional da Industria), cogitando o idealista da Reforma Trabalhista, Benjamin Steinbruch, Confederação Nacional da Agricultura, vide sua aliança com a motosserra de ouro Kátia Abreu, e diversos setores do empresariado industrial e financeiro.

Nessas eleições, serão 7 estados em aliança só com o MDB. No Paraná e em Alagoas, o PDT é base aliada dos candidatos ao governo de João Arruda (PR) e Renan Calheiros Filho (AL). Nos estados do Amapá e Rio Grande do Norte, é o MDB que é base de governo do PDT.

No Piauí, em Minas Gerais e no Mato Grosso, ambos os partidos compartilham apoio em um mesmo candidato, respectivamente, Wellington Dias do PT, Márcio Lacerda do PSB e até mesmo Mauro Mendes do DEM.

Não é só em chapa que o PDT de Ciro fecha acordos, mas no Congresso votaram pela intervenção federal e a entrega acelerada da Petrobrás ao imperialismo, propostos pelo próprio Temer. A criticidade é da boca para fora, de modo que Ciro vez ou outra menciona ser contra o impeachment (mais raro ainda é ele dizer que foi um golpe), mas no próprio debate eleitoral teceu elogios a Sergio Moro e seus “serviços a nação brasileira”.




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