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TEATRO | Cia Antropofágica apresenta Programa I: Brazyleirinhas QI em sua Tram(a)ntropofágica

Comemorando quinze anos de história, a Companhia Antropofágica de Teatro dá andamento ao projeto TRAM(A)NTROPOFÁGICA e apresenta Programa I: Brazyleirinhas QI, evento composto por quatro peças de curta duração de autoria exclusivamente brasileira. Um convite ao público para conhecer a trajetória deste que é um dos maiores grupos de teatro de São Paulo e que agora propõe uma trama fascinante!

quinta-feira 13 de outubro de 2016 | Edição do dia

Uma das grandes referências da cena teatral de São Paulo, a Companhia Antropofágica de Teatro, dá andamento ao seu projeto de comemoração de quinze anos de trajetória, o Tram(a)ntropofágica, contemplado na 28ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo. Após uma temporada de muito sucesso de sua Trilogia sobre o Brasil, onde a Antropofágica apresentou três espetáculos diferentes por fim de semana, chegando a atingir a lotação máxima do Espaço Pyndorama, sua sede, o grupo segue mostrando seu repertório e apresenta o Programa I: Brazyleirinhas QI. O nome “Brasyleirinhas” é uma brincadeira com a característica presente nas quatro peças deste programa: quatro peças de curta duração, de autoria exclusivamente brasileira.

Quem explica um pouco sobre esta programação é Thiago Reis Vasconcelos, diretor da Companhia: “Esta ação se refere a um programa de peças curtas, com um eixo temático mais definido, que acontecem no mesmo dia, mas que não necessariamente tem uma temática em comum. A ideia é realizar uma apreciação de peças como se faz em um cinema, em um dia de programação de curtas. Ou até mesmo como na literatura, em um livro de coletânea de crônicas ou contos.”

A ideia de programa é inspirada no Teatro do Grand-Guignol e no primeiro cinema, ambos com formatos muito particulares, mas que tem em comum a ideia conceitual de alternância de diferentes tipos de peças e atrações. O Programa é composto por uma série de atrações distintas e populares que mistura terror, comédia, drama e até mesmo conversas e debates. As quatro peças que compõem o programa Brazyleirinhas são: Furo no Casco, O Grande Circo da Ideologia, Estudo para o Terror e M. [Isso não é uma peça feminista].

Furo no Casco é uma espécie de metáfora social em tom de comédia, sobre as relações entre o poder e a relação com as classes sociais. O Programa conta ainda com uma farsa filosófica em que uma trupe de circo tenta provar que as teses sobre Feuerbach de Marx e Engels estão equivocadas; um Drama com elementos epicizantes, que conta a história de uma mãe baleada, que vê sua vida, a relação entre seus filhos e o ambiente onde foi criada: o morro. Por último, uma peça de terror, uma espécie de canto paralelo inspirado em o Bebê de Rosemeire, o conto A Pata do Macaco e Quando as Máquinas Param, de Plínio Marcos. Esta alternância entre assuntos prosaicos e filosóficos, comédias e dramas, é um dos aspectos importantes desta proposta de fruição de variedades presente nos quatro trabalhos.

“Acreditamos que estes programas podem trazer ao público uma relação de apreciação muito prazerosa e fomentar um pensamento que se relaciona entre as peças”, complementa Thiago.

Dona de um extenso processo de criação, estudo, experimentação e um significativo currículo com prêmios e indicações, a Companhia Antropofágica, criada em 2002, é hoje uma grande referência da cena teatral de São Paulo e convida o público para uma viagem no tempo e na história do grupo, através do projeto TRAM(A)NTROPOFÁGICA, que como o próprio nome diz, propõe uma grande trama para formar uma rede que une cada experimento realizado desde o surgimento do grupo. O objetivo é levar a público de forma condensada, a história da Companhia que ao longo dos anos, se esforça em responder artisticamente à trama complexa do tempo presente, investigando seus percalços políticos e travando um diálogo crítico permanente com o desenrolar histórico do próprio tecido social que o envolve: a situação política da cidade, a relação fundamental entre o grupo e seu público e, num sentido amplo, as consequências históricas do próprio desenvolvimento humano. TRAM(A)NTROPOFÁGICA é um marco para o grupo que apresenta desde espetáculos premiados, até aquilo que acreditam que “não deu certo”, como forma de revisitar e investigar de fato, tudo o que foi construído com este trabalho que se destaca através de uma clara opção por pesquisar procedimentos, gêneros, autores e textos ligados à tradição das formas híbridas, muito propícias ao ideal antropófago que move a cada um de nós. Composta por mais de trinta integrantes, a Companhia Antropofágica propõe com este projeto, a realização de espetáculos, intervenções, oficinas e experimentos, atuando tanto em sua sede, o Espaço Pyndorama, quanto em outros espaços da cidade de São Paulo. Serão dezoito temporadas e mais dezenove atividades, realizadas de Setembro de 2016 a Agosto de 2017, culminando com a estreia de um novo espetáculo.

O Programa I: Brazyleirinhas QI começa em 14 de outubro, com apresentações gratuitas no Espaço Pyndorama e edições dos Diálogos Antropofágicos, nos dias 18 de outubro, 08 e 09 de novembro, com convidados especiais que trarão importantes reflexões em uma roda de conversa sobre o fazer teatral. Vale se programar para assistir Brazyleirinhas e fazer uma imersão nessa Trama. Mais detalhes em: www.facebook.com/CiaAntropofagica ou www.antropofagica.com/

TEMPORADA – PROGRAMA I: BRAZYLEIRINHAS QI

O GRANDE CIRCO DA IDEOLOGIA

Texto de ato único de autoria coletiva da Companhia do Latão. Classificado como uma farsa filosófica apresenta o desafio de experimentações de linguagem. Uma cena abertamente épica e teórica se abre para a necessidade de utilização de inúmeros recursos metalinguísticos, a fim de transmitir uma dinâmica de entendimento prático. As linguagens do circo, do palhaço e do entretenimento popular em geral são chaves para o trabalho do ator e ferramentas expostas no manejo da ideologia. Reflexões sobre o imaginário social e politização da cena em geral.

Gênero: Drama

Datas e Horários: 14, 15, 16, 21, 22 e 23 de Outubro de 2016 – 18h00 / 08 de Novembro de 2016 – 20h00 (nesta data seguido por Diálogo Antropofágico com Ney Piacentini da Companhia do Latão)

Duração: 50 minutos – Ingressos: Gratuito – Capacidade: 60 lugares – Classificação Indicativa: 12 anos

FURO NO CASCO

A história de um navio com muitos passageiros de todas as classes, que navega com um furo no casco. O comandante tem várias ideias para salvar os passageiros e sua tripulação, mas para isso é necessário um grande sacrifício. Texto do dramaturgo Chico de Assis.

Datas e Horários: 14, 15, 16, 21, 22 e 23 de Outubro de 2016 – 19h00 / 09 de Novembro de 2016 – 20h00 (seguido por Diálogo Antropofágico com Maria Sílvia Betti sobre A Dramaturgia de Chico de Assis)

Duração: 45 minutos – Ingressos: Gratuito – Capacidade: 60 lugares – Classificação Indicativa: 14 anos

[ISSO NÃO É UMA PEÇA FEMINISTA]

A peça conta a vida de M., uma jovem órfã levada pelo caminho da prostituição e do tráfico de drogas. Com linguagem inspirada pelos expedientes da indústria cultural, o espetáculo explora diversos lados e versões de uma mesma tragédia social. Este experimento parte pesquisa do grupo sobre o universo dos vagabundos, malandros e pícaros, conta com recursos audiovisuais e tem dramaturgia de Mei Hua Soares.

Gênero: Drama

Datas e Horários: 14, 15, 16, 21, 22 e 23 de Outubro de 2016 – 20h30 / 18 de Outubro de 2016 – 20h00 (Seguido de Diálogo Antropofágico com Mei Hua, autora de M. [Isso não é uma peça feminista})

Duração: 40 minutos – Ingressos: Gratuito – Capacidade: 60 lugares – Classificação Indicativa: 14 anos

ESTUDO PARA O TERROR

Um casal encontra-se em dificuldade financeira devido ao desemprego do marido, enquanto a mulher deseja especializar-se em gastronomia, até que uma gravidez inesperada gera um conflito entre os dois. Com a chegada de estranhos vizinhos acontecimentos misteriosos passam a fazer parte da rotina do casal.

Este experimento contou com a colaboração do dramaturgo Rogerio Guarapiran e tem como referências como o filme O bebê de Rosemary, o conto de terror A Pata do Macaco e o texto Quando as máquinas param, de Plínio Marcos. Gênero: Terror

Data e Horários: 14, 15, 16, 21, 22 e 23 de Outubro de 2016 – 21h30 / 18 de Outubro de 2016 – 19h00 (Seguido de Diálogo Antropofágico com Rogerio Guarapiran, autor de Estudo para o Terror)

Duração: 60 minutos – Ingressos: Gratuito – Capacidade: 60 lugares – Classificação Indicativa: 16 anos

RESUMO DO PROGRAMA I: BRAZYLEIRINHAS QI – OUTUBRO

14/10/2016 – 18h – Grande Circo da Ideologia / 19h – Furo no Casco / 20h30 – M. [Isso não é uma peça feminista] / 21h30 – Estudo para o Terror

15/10/2016 – 18h – Grande Circo da Ideologia / 19h – Furo no Casco / 20h30 – M. [Isso não é uma peça feminista] / 21h30 – Estudo para o Terror

16/10/2016 – 18h – Grande Circo da Ideologia / 19h – Furo no Casco / 20h30 – M. [Isso não é uma peça feminista] / 21h30 – Estudo para o Terror

18/10/2010 – 19h00 – Estudo para o Terror / 20h00 – M. [Isso não é uma peça feminista] / Seguido de Diálogos Antropofágicos com os dramaturgos Mei Hua, de M. [Isso não é uma peça feminista], e Rogerio Guarapiran, de Estudo para o Terror.

21/10/2016 – 18h – Grande Circo da Ideologia / 19h – Furo no Casco / 20h30 – M. [Isso não é uma peça feminista] / 21h30 – Estudo para o Terror

22/10/2016 – 18h – Grande Circo da Ideologia / 19h – Furo no Casco / 20h30 – M. [Isso não é uma peça feminista] / 21h30 – Estudo para o Terror

23/10/2016 – 18h – Grande Circo da Ideologia / 19h – Furo no Casco / 20h30 – M. [Isso não é uma peça feminista] / 21h30 – Estudo para o Terror

Local: Espaço Pyndorama – Endereço: Rua Turiassu, 481, fundos

Contato Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini – [email protected] – 99568-8773




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