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1 DE MAIO NO CHILE | Chile: vinte mil trabalhadores marcham contra as leis trabalhistas da ditadura

sábado 2 de maio de 2015 | 06:10

Por vonta das 11 horas de ontem começou uma nova marcha de 1 de Maio, organizada pela Confederação Unitária de Trabalhadores (CUT), que foi convocada na Praça Los Héroes com direção a Rua Portugal, terminando com um ato onde os representantes da nova maioria da CUT disseram como foi o caso de Bárbara Figueroa. A marcha foi marcada pela presença de sindicatos e associações de trabalhadores, exigindo o governo através de anúncios de mobilizações futuras.

Aparentemente a reforma trabalhista promovida pelo governo não tem deixado satisfeitos os vários sindicatos que estavam presentes na mobilização, que, ao contrário de outros anos, convocaram muitos mais trabalhadores. É que a reforma não resolve até o final as diferentes demandas da classe trabalhadora, não acaba com um regime trabalhista imposto na Ditadura nem termina com a precarização trabalhista que atinge diariamente os trabalhadores.

Por sua vez, a CUT está deixando um momento de total apoio da dita "reforma histórica", como cunhou Barbara Figueroa, sem maiores questionamentos ou oposição, até uma posição mais crítica do governo hoje, principalmente sob a pressão de vários setores de trabalhadores que não vêem vntagens suficientes na proposta.

Neste sentido, ao iniciar o a marcha o vice-presidente da CUT Nolberto Diaz disse que esta é uma medida de pressão sobre o governo, porque a actual reforma não é suficiente, portanto, "pedimos mais indicações que apontem para que não haja instabilidade no emprego, não podem haver serviços mínimos gerais nem criminalização", enfatiza Diaz, acrescentando que "a grande dívida pendente om os trabalhadores é a negociação por ramo e lamentamos que o atual governo tenha rejeitado este debate".

Enquanto isso, Barbara Figueroa se referiu de maneira geral que sim ou sim defenderiam desde a CUT, enfatizando a importância de que, além da adoção de leis trabalhistas também houvesse à discussão sobre uma nova Constituição, e acrescentando que "há setores que não querem mudança e criam chantagens sobre o investimento de modo que nada possa ser mudado. Aqui está a grande maioria dos trabalhadores exigindo mudanças".

Diversos sindicatos, organizações e o ânimo de mobilização

Na mobilização participaram vários sindicatos e trabalhadores em diferentes ramos da produção, como os funcionários públicos, Correos de Chile, Lucchetti, Komatsu Reman, trabalhadores Fruna, Colégio de Professores, Contramet, CONFUSAM, petroleiros, sindicato Fedegrac, trabalhadores domésticos, trabalhadores do Instituto da previdência social (IPS), os membros do movimento social para os direitos das pessoas com deficiência, sindicato do Metrô de Santiago, os trabalhadores do Hospital San Juan de Dios, imigrantes, entre outros.

Além disso, organizações políticas e de trabalhadores também estiveram presentes como Alternativa Operária (AO), Agrupação Combativa Revolucionária, MIR, Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PTR), Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST) e Grupo de mulheres Pão e Rosas.

Além disso, também marcharam organizações que fazem parte do governo da Nova Maioria como o Partido Comunista, as Juventudes Comunistas, Partido Radical, PRO, Partido Socialista, Esquerda Cidadã, e Democracia Cristã.

O ato do Bloco Combativo que se propõe recuperar a CUT

Durante a marcha, houve uma parte significativa dos trabalhadores e das organizações políticas que são críticas a atual liderança da CUT e decidiram ir nesta convocatória com o objetivo de mostrar uma alternativa que se proponha vencer a atual direção para recuperar a central sindical com a maioria dos trabalhadores sindicalizados do país.

Nesse sentido, organizações como a AO, PTR, líderes sindicais e representantes dos trabalhadores da Komatsu Reman, Fundação Leon Bloy, Correios do Chile, Fruna, trabalhadores de telecomunicações, os mineiros no sindicato SMC Rancagua, membros dos trabalhadores do clube desportivo União Operária, entre outros, em um gesto simbólico eles queimaram a Legislação do Trabalho, manifestando a sua rejeição de uma lei criada na ditadura e não beneficia os trabalhadores.

Além disso houve um ato combativo com o bloco, onde 300 pessoas participaram e vários trabalhadores expressaram a necessidade de acabar com a atual Legislação do Trabalho e da importância de recuperar a CUT para conquistar as reivindicações dos trabalhadores. A respeito, William Muñoz, líder sindical da Komatsu Reman disse que "é uma necessidade vital para recuperar s CUT para as bases de trabalhadores, pois é uma organização sindical da classe trabalhadora e não de uma burocracia da Nova Maioria", acrescentando além que a reforma trabalhista atual não é suficiente e não dá a saída para todos os problemas dos trabalhadores como "a importância da negociação por ramo, terminando o subcontrato, e com o a precarização trabalhista".
Diego Riquelme, líder sindical da Fruna também disse algumas palavras na cerimônia, que apontou para a necessidade da CUT de planejar um plano de luta e mobilização desde as bases que visam derrubar o actual Código do Trabalho, onde "a base para dos trabalhadores e os seus sindicatos sejam os únicos a decidir este plano de luta, nenhuma confiança no governo, apenas nas forças da classe trabalhadora."

O ato de oposição também contou com a presença de trabalhadores dos Correios do Chile, que também faziam parte dos discursos, os trabalhadores da fundação Leon Bloy, membros da agrupação de trabalhadores imigrantes, clube desportivo União Operária que também contou sobre sua experiência de organização, mineiros, entre outros. Finalmente, o ato terminou com apresentações de rappers Brigada Hip Hop Clasista.

A marcha organizada pela CUT terminou em um ato, onde Barbara Figueroa fez um discurso sobre as demandas trabalhistas, aproveitando para anunciar que foram modificadas as indicações sobre como remover o adjetivo de "pacífica" à greve e especificar os serviços mínimos na reforma da lei trabalhista.




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