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Chile e Junho de 2013: separados pelo tempo, unidos pela história

Mateus Castor

Chile e Junho de 2013: separados pelo tempo, unidos pela história

Mateus Castor

Não se trata só de um espectro, mas de um processo em carne e osso. Um respiro para os que visam a transformação radical do mundo, ao mesmo tempo que um aperto sufocante para os que pretendem manter em pé este sistema de opressão e exploração.

Não se trata só de um espectro, mas de um processo em carne e osso. Um respiro para os que visam a transformação radical do mundo, ao mesmo tempo que um aperto sufocante para os que pretendem manter em pé este sistema de opressão e exploração. Me refiro à explosão internacional da luta de classes, em especial a rebelião popular no Chile que estremece a América Latina.

A primeira-dama Cecília Morel, sintetizou bem o que se passa nos corpos dirigentes da classe dominante chilena. Mesmo antes das manifestações de 25 de outubro, na #LaMarchaMasGrandeDeChile [1], Cecília, em áudio vazado, indagou:

“Adiantaram o toque de recolher porque se supôs que a estratégia era derrubar toda a cadeia de abastecimento, de alimentos, inclusive a água em algumas zonas, as farmácias, tentaram queimar um hospital e tentaram tomar o aeroporto, ou seja, fomos totalmente
ultrapassados, é como uma invasão estrangeira, alienígena, não sei como se diz, e não temos as ferramentas para combatê-las”

As massas em movimento aterrorizam. De fato, para os capitalistas que viveram as bonanças de um regime liberal herdado de Pinochet e dos Chicago Boys, se estranha a repentina e violenta resposta contra o paraíso dos lucros. Contudo, olhando para dados que competem com o Brasil no quesito desigualdade, a explosão de ódio contra o governo e o regime chileno não parece tão alienígena assim [2].

O sonho neoliberal, a mais perfeita mercadorização de tudo, o máximo proveito para o capital explorando a vida de milhões de trabalhadores. Dito, até poucas semanas, o exemplo à ser seguido pelas burguesias decadentes da América Latina. Projeto de inspiração que Paulo Guedes já expressou diversas vezes também como o seu.

Podemos ir além de uma comparação entre a estrutura econômica, social e política atual do Chile com o modelo do governo brasileiro, semelhança já constatada por muitos. De certa forma, hoje, ambos países trazem à tona a história um do outro: Bolsonaro busca implementar uma receita neoliberal inspirada no regime militar de Pinochet; já a juventude e trabalhadores chilenos retomaram uma explosão indignada, violenta e espontânea contra o projeto hegemônico de suas classes, tal movimentação de massas há tempos não se via no continente, a comparação com Junho de 2013 é simplesmente inevitável.

Uma manifestação de secundaristas contra os aumentos de passagem no metrô de Santiago, passa a ganhar apoio popular após brutal repressão do governo, comandado por Sebastian Piñera, que recorreu à medidas que não se via desde a ditadura militar, como o estado de emergência e o toque de recolher. O processo explode e ganha corpo, deixando Santiago e passando para cidades como Antofagasta e Valparaíso. O movimento inicial em pouco tempo se transforma e se supera de uma pauta específica para uma revolta generalizada contra o regime.

Assim como ocorreu com o PT, as classes dominantes chilenas não esperavam tal explosão raivosa “alienígena e estrangeira” contra o governo de uma classe parasitária. Dilma e Piñera, foram pegos de surpresa por massas descontentes. Afinal, o Chile atualmente seria a “melhor” e mais “fortalecida” economia latina; o Brasil em 2013 se projetava como futura potência. Afinal, o que aconteceu?

Foi Junho de 2013 que abriu espaço para Bolsonaro?

A realidade social não pode ser compreendida através de fotografias independentes umas das outras. É necessário observar o conjunto dos fatores em movimento, um filme que se passa pelo decorrer do tempo, em constante transformação. Assim - e por muito mais - conseguimos chegar à sínteses que movimentam a história humana. O processo da luta de classes no Chile ainda está sob poderosa reação química, de lá diversos produtos podem surgir e decantar. O marxismo, longe do que muito o acusam, foge do determinismo econômico e cenários inescapáveis. Está em seu DNA a capacidade dos sujeitos moldarem a realidade objetiva e vise e versa. A relação dialética entre a teoria e a práxis.

É necessário um balanço correto sobre Junho de 2013, enquanto fenômeno da luta de classes em seu determinado contexto, para compreendermos o Chile de hoje, a relação inversa também é válida.

Sendo assim, após o golpe institucional e a chegada de Bolsonaro ao poder por eleições manipuladas pelo judiciário e tuteladas pelo exército, o maior processo de luta de classes na história recente brasileira foi taxado como o grande culpado pela situação reacionária que vivemos. Balanço defendido sobretudo por petistas, não por acaso, afinal seu partido foi um dos alvos do levante da juventude brasileira anos atrás.

Edison Urbano, em seu Prefácio do livro Brasil: ponto de mutação, coloca que para análise da luta de classes, enquanto realidade viva, é importante o seguinte método:

“(...) Toda referência ao legado teórico, assim como toda analogia com outros momentos e processos históricos, é feita aqui com uma dupla preocupação: por um lado, apropriar-se das referências passadas fugindo de todo dogmatismo, pois o contrário equivaleria a tomar os escritos como “tábuas da lei”, ou assumir as formas históricas pretéritas como um modelo que o presente estivesse fadado a repetir mecanicamente. Por outro lado, afastar igualmente toda tentação ao impressionismo ou ao empirismo, que jogasse fora as lições do passado e imaginassem que cada fato novo surge sem relação determinada com o que se sucedeu anteriormente.”

Em novembro do ano passado, em ato político organizado pela FFLCH (USP) Marilena Chauí, intelectual petista, se porta como a grande defensora do balanço inquisidor de Junho de 2013, dizendo um “eu avisei”: as manifestações dariam em Bolsonaro, consequentemente, a estratégia agora era resistir nas instituições, afinal, as ruas lotadas de jovens abriram espaço para a extrema-direita [3]. Junho é e foi isso de fato?

O PT e sua necessidade de condenar Junho de 2013

Primeiro, Junho não deu origem aos golpistas e autoritários viúvos do regime militar. Se é correto falar em alguma suposta fonte de origem, a direita já estava dentro do governo petista e lucraram muito com a gestão dos governos petistas. Já a extrema-direita foi preservada graças ao pacto social em 88 que deu anistia aos ditadores, com papel conciliatório com a burguesia e de contenção da massas cabido ao PT.

Segundo, Lula, preso arbitrariamente, não cansa de afirmar em suas entrevistas a importância dos governos do PT para a independência do MPF, o fortalecimento da Polícia Federal e as mudanças “anticorrupção” adotadas por Dilma. O caráter repressivo ganha um importante fôlego com a lei de “Anti Terrorismo” adotada em 2014 para a Copa do Mundo. Os militares, com mando dos governos petistas, continuaram a exercer um papel político na bárbara ocupação do Haiti, além da criação das UPPs nas favelas cariocas.

Terceiro, no plano político, a alternativa direitista dos golpistas, e depois trocando de pele, de Bolsonaro, não surgem por geração espontânea em Junho de 2013 [4]. O PT governou junto com a bancada da bíblia, da bala e do boi; adotou uma política que fez do agronegócio o carro chefe da economia brasileira, o mesmo que em 2018 esteve por trás da greve dos caminhoneiros; o capital financeiro e sua expansão com as medidas de crédito e consumo de Lula e Dilma; ou fatos mais óbvios como a aliança presidencial com o PMDB de Cunha e Temer. No prólogo de Junho, em Maio de 2013 a juventude, sobretudo LGBT, se indignava com a “cura gay” proposta por Marco Feliciano, até então base do governo de Dilma.

Portanto, afirmar que a partir de Junho já estava lá o próprio golpe, Bolsonaro e o bolsonarismo, se resume à um objetivo político: uma negação por princípio, de fundo estratégico, da luta de classes. Desde as origens do PT até os seus governos, Junho foi a estréia de massas indignadas fora do controle burocrático do partido, o que é um problema sério para um partido que depende do desvio do descontentamento pela via parlamentar. E outra, a indignação também era contra o próprio governo do partido.

O balanço de Marilena Chauí trata de jogar o peso do bolsonarismo nas costas de um fenômeno cujo desenvolvimento à esquerda ou à direita estava em aberto. A afirmação de que Junho abriu caminho para o golpe e Bolsonaro é, portanto, anacrônico e injusto. Além de falsificar a correlação de forças da época, ignora o papel exercido pelo Partido dos Trabalhadores e sua burocracia no sufocamento da mobilização. Por fim, qualquer “essencialização’ de Junho como reacionário nos trás somente um fato verídico: o PT teme ser superado à esquerda na luta de classes. Qualquer oportunidade de descartá-la do horizonte das massas, será aproveitada.

Por isso, o PT necessita jogar a culpa nas massas de jovens que, fora de seu controle, saíram às ruas em 2013, ao mesmo tempo que esconde o papel de sua conciliação com as classes dominantes brasileiras, cuja tradição golpista e ditatorial com breves exceções democráticas, é um fato histórico. A estratégia reformista de gestão do capitalismo exige este balanço de Junho por uma questão de sobrevivência.

Para o reformismo, assim como para os capitalistas, nada é mais temeroso do que a luta de classes. Prefere ver-se caído por um processo de Impeachment, seu principal líder preso, do que as massas em movimento fora de seu controle burocrático.

De Junho ao Chile: a necessidade de uma estratégia revolucionária para vencer

Neste momento grandes manifestações, contra governos e seus planos de austeridade e de aumento da exploração e opressão, tomam o mundo: Catalunha, Equador, Uruguai, Líbano, Etiópia, Haiti e Chile para apenas citar os mais recentes e que ocorrem agora [5].

Contudo, intensos processos da luta de classes no passado recente fornecem importantes lições sobre qual a estratégia necessária, como os ocorridos na Espanha e os seus Indignados em 2011 e as intensas Greves Gerais na Grécia de 2010 à 2012. Estes fenômenos de conflitos sociais resultaram na formação de partidos neoreformistas. Na Espanha, o Podemos, permitiu o desvio e a recomposição da socialdemocracia neoliberal do PSOE, enquanto que o Syriza na Grécia, aplicou o plano de ajustes da Troika, e atualmente perdeu o governo.

Ambos processos acabaram na derrota por um motivo claro, expresso pelo próprio líder reformista do Podemos, Pablo Iglesias, ao defender o governo do Syriza na época:

“O problema - disse Iglesias - é que ainda se tem que verificar que alguém através de um Estado pode levantar um desafio semelhante (...) se nós governando vamo fazer uma coisa dura, de repente tem a boa parte do exército, do aparato da polícia, a todos os meios de comunicação (...) tem tudo contra você, absolutamente tudo. E um sistema parlamentarista, em que como assegura a você uma maioria absoluta, é muito difícil (...) Para começar deveria que ter chegado a um acordo com o Partido Socialista.”

Aqui se afirma um problema estratégico que impera sobre a cabeça de toda a esquerda anticapitalista: a via estratégica reformista, ainda mais em meio a uma crise capitalista aberta - como foi na Grécia e Espanha - ao obrigar-se à busca da conciliação com a burguesia e adaptar-se às instituições dominantes do Estado, acaba deixando de lado até os mínimos direitos democráticos até então defendidos em seu programa, quiçá mudanças estruturais ou econômicas, em nome de um governo por dentro dos limites do aceitável à burguesia, que não ataque às raízes da exploração e opressão em nome da governabilidade. Podemos e Syriza tornaram-se, em diferentes proporções, gestores do capitalismo, na Grécia chegando à implementar ajustes e ataques exigidos à mando da União Europeia.

Tanto na Espanha, como na Grécia no início desta década, no Brasil em 2013, ou no Chile atualmente, tivemos um problema central: a ausência de uma direção revolucionária de uma classe trabalhadora auto organizada, que através de seus métodos de luta e de democracia operária, atacasse as principais fontes de poder burguês e passe a disputar o controle político e econômico da sociedade.

É com esta perspectiva que aqui no Brasil sempre exigimos das burocracias desde assembleias sindicais de base, até planos de lutas contra ataques como a reforma da previdência, aprovada graças a completa traição de CUT e CTB, mas também o avanço da coordenação democrática entre trabalhadores, que se unifiquem enquanto classe contra os ataques dos capitalistas e de Estado burguês. Assim também fazemos no Chile:

Somos milhões que se mobilizam e há forças para realmente vencer. No entanto, se não queremos que nos enganem com as armadilhas do diálogo e da negociação, devemos nos organizar e coordenar-nos amplamente nos locais de trabalho e estudo, com assembleias e coordenadoras. Isso implica em uma luta pela auto-organização para que surjam formas democráticas de organização e de luta, o que as direções burocráticas não pretendem realizar. Diversas amostras se iniciam, os “comitês de primeiros socorros”, o Comitê de Emergência e Abrigo em Antofagasta, o Cordão Centro em Santiago ou a Mesa de Unidade em Valparaíso, que continuou a greve nesta semana, as assembleias de trabalhadores da saúde de diversos hospitais da zona sul no Barros Luco, junto aos moradores do setor. Devemos organizar democraticamente os setores em luta e exigir a greve geral com mobilização até Piñera e os militares partirem. [6]

Se Junho de 2013, com seus 1 ou 2 milhões de jovens trabalhadores e estudantes nas ruas já causou tamanho impacto, o que se espera pelo Chile que até agora arde em chamas com manifestações diárias, massivas como a #LaMarchaMasGrandeDeChile ou radicalizadas em cidades mais periféricas, ainda com encerramento ainda incerto?

Enquanto o PT em Junho de 2013 tentou isolar a juventude brasileira da classe trabalhadora constituída enquanto sujeito, fazendo de tudo para não envolver as maiores centrais sindicais estudantis e de trabalhadores do país (UNE e a CUT), hoje, no Chile importantes batalhões da classe trabalhadora manifestam seu apoio à rebelião popular contra Piñera e as injustiças do regime chileno, com é o caso do portuários que no dia 21/10 paralisaram cerca de 80% dos portos e também da greve de mineradores, parando a maior mineradora privatizada de cobre do mundo, há um grande apoio e solidariedade dos trabalhadores chilenos em torno das manifestações.

O nível de repressão do governo de “centro-direita” chileno alcançou outro nível, chamando toque de recolher e estado de emergência com o exército nas ruas, contabilizando até agora mais de 20 mortos. Porém, o presidente chileno teve de cinicamente mudar seu tom agressivo, e passou a tentar cooptar as manifestações como “cívicas e pacíficas”, além de adotar medidas como o aumento da aposentadoria e do salário mínimo; ocorreu a demissão de todos os seus ministros para tentar salvar o governo e o regime herdeiro da ditadura militar chilena.

Assim como foi em Junho de 2013, se coloca uma disputa de qual o destino do levante popular chileno, se o regime conseguiria desviar o processo e manter intactas as bases do neoliberalismo, dando pequenas concessões, ou se o movimento se desenvolverá para o choque direto com as instituições neoliberais na luta por seus direitos e anseios, levando portanto abaixo o regime chileno. Para isto, o debate de estratégias é fundamental.

Se no Brasil em 2013 e nos anos seguintes, não era dado o desenvolvimento à direita da crise, também não é dada a evolução do processo chileno à esquerda e vitória das massas. Aqui se coloca uma ausência fundamental em comum: a falta de uma direção revolucionária para as massas, além da diluição da classe trabalhadora enquanto sujeito político central numa massa de “civis”.

Piñera faz de tudo para conter sua queda e a derrocada do neoliberalismo chileno, com o que se tem de mais hipócrita, cínico e amedrontado da burguesia chilena. As alternativas de peso à esquerda, como a Frente Ampla e o PC chileno, mantém uma política de diálogo por dentro das instituições. Esses partidos não adotam uma estratégia revolucionária para tensionar à correlação de forças à esquerda ou desenvolver os elementos de auto-organização das manifestações, preferem manter e apostar numa estratégia que concilie com os capitalistas herdeiros do regime de Pinochet, pesando muito mais para um desvio institucional que pouco modifique as bases sistêmicas do Chile, qualquer semelhança com o PSOL, que neste momento coloca as eleições de 2020 como um caminho certeiro para derrotar a extrema-direita, não é mera coincidência.

Para o acúmulo de forças contra o Estado burguês, é necessário atuar pela direção revolucionária destes organismos, por isso a importância de partido que defenda com unhas e dentes uma estratégia revolucionária e um programa anticapitalista e socialista que leve abaixo o capitalismo e o domínio da burguesia.

O retorno da luta de classes e a imperiosa atualidade da estratégia

Esta é uma lição universal que se repete em diversas farsas e tragédias ao longo da história: a burguesia enquanto classe dominante está disposta a atacar até mesmo os direitos democráticos mais mínimos, como fez Piñera com seus militares repressores no Chile, ou o golpe institucional no Brasil que pisoteou o sufrágio universal, em defesa da sua necessidade inata de manter as altas taxas de acumulação. Pela preservação da exploração de classe como forma de organização da sociedade a burguesia é capaz de pisotear sua própria democracia burguesa.

Lênin e Trotski e sua teoria da Revolução Permanente capta esta dinâmica com precisão e dá uma resposta que resultou na maior vitória da classe trabalhadora mundial, a Revolução Russa de 1917: não só a defesa, mas como a conquista dos direitos democráticos mais básicos só podem ser garantidas pela destruição do capitalismo, logo a revolução, tendo como inimigo central a burguesia, se transforma em socialista.

A afirmação de Marx mostra sua força: “a anatomia do homem é chave para a anatomia do macaco”. Para uma compreensão justa de Junho, portanto, é necessário olharmos para o Chile e reafirmar: independentemente do ceticismo e do medo reformista diante da revolta das massas, ela existe e abre novos caminhos. Recorrendo novamente a um ensinamento do revolucionário alemão, os homens não escolhem as bases com que fazem a história, mas mesmo assim, eles são os sujeitos centrais em seu desenvolvimento.

É preciso que no Brasil tomemos de exemplo a rebelião das massas chilenas. No final das contas, são eles que estão desenvolvendo o que Junho de 2013 tinha a potência de ser, mostram na prática para milhões aquilo que o petismo e seu reformismo tentaram sempre tirar das possibilidades: a luta de classes não é só o campo de batalha central, como também um fator coercitivo imponente da realidade. Cabe à esquerda anticapitalista, operária e revolucionária, ser consequente com o seu papel tão decisivo. Afinal, tanto no Chile como no Brasil e no planeta:

“A vitória não é fruto maduro da maturidade do proletariado. A vitória é uma tarefa estratégica” (Leon Trotski, “Classe, partido e direção”).


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FOOTNOTES

[1Somente Santiago colocou mais de 1 milhão em movimento no dia 25/10, uma sexta feira com milhões de chilenos nas ruas de todo país. A população chilena é de 18 milhões.

[20,1% da população detém 18% da renda per capita, 5% da população tem posse de 50% da renda; cerca de 80% dos aposentados ganham menos que o salário mínimo; não há educação ou saúde pública e gratuita.

[4Para uma maior compreensão, ler o artigo de Ricardo Sanchez, PT plantou e Bolsonaro colheu: agronegócio e classes sociais no interior do Brasil.
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Mateus Castor

Cientista Social (USP), professor e estudante de História
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