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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Chega de trégua e traição: centrais precisam convocar a greve geral

As cúpulas das principais centrais sindicais seguem mantendo a trégua com o governo, e vão fazer uma reunião só amanhã, dia 14 de dezembro, para poder decidir se será levantada uma jornada de luta ou não. Enquanto isso, o governo vem aproveitando todo o tempo que foi dado de trégua com a traição da luta marcada para o dia 5 de dezembro para reunir o maior número de votos e aprovar a Reforma da Previdência na Câmara.

quarta-feira 13 de dezembro de 2017 | Edição do dia

As cúpulas das principais centrais sindicais seguem mantendo a trégua com o governo, e vão fazer uma reunião só amanhã, dia 14 de dezembro, para poder decidir se será convocada uma jornada de luta ou não.

Enquanto isso, o governo vem aproveitando todo o tempo que foi dado de trégua com a traição da luta marcada para o dia 5 de dezembro para reunir o maior número de votos e aprovar a Reforma da Previdência na Câmara, sabendo que apesar de sua base política se encontrar dividida frente à Reforma, fará de tudo para manter seus próprios privilégios em detrimento dos direitos dos trabalhadores.

A plenária dos transportes, em São Paulo, indicou o dia 19 de dezembro como um dia de greve geral para ser aprovado na reunião das centrais; levando em consideração a enorme importância que o setor de transportes urbanos tem para a luta dos trabalhadores, achamos muito importante que os trabalhadores do transporte tomem a luta em suas mãos, já que não podemos confiar na direção da UGT, que foi a primeira central a boicotar o dia 5 de dezembro.

Denunciamos no Esquerda Diário (ver aqui) essa trégua das cúpulas sindicais, que causou revolta na base dos trabalhadores após o cancelamento da greve nacional do dia 5/12, cujo único efeito é dar mais tempo ao governo Temer para que organize uma quantidade maior de deputados para aprovar a reforma da previdência.

É preciso exigir um plano de luta sério, em frente única com todas as organizações de trabalhadores, de direitos humanos, chamando as organizações estudantis, negros, mulheres e LGBTs para enfrentar nas ruas o projeto da Reforma da Previdência e avançar para a anulação da Reforma Trabalhista, que retirou dos trabalhadores direitos históricos alcançados a partir da luta, e a partir da qual já vemos avançar a precarização das condições de trabalho no país.

A CUT e a CTB, coniventes com a traição aberta da Força Sindical e da UGT ao dia 5/12, seguem a mesma linha do PT de perdoar os golpistas e não organizar nas bases dos locais de trabalho assembleias democráticas para que os trabalhadores decidam os métodos de luta, e não fiquem à mercê das datas estipuladas pelo governo.

É necessário que sejam organizadas grandes manifestações contra a absurda Reforma da Previdência como parte de reerguer um plano de luta concreto para retomar o caminho da greve geral, e mostrar que os trabalhadores e a juventude não vão trabalhar até morrer e que não aceitarão pagar as contas desta crise.

E diante disso tudo, não podemos ficar à mercê das grandes centrais sindicais e precisamos tomar a greve em nossas mãos para impor um plano de lutas à estas centrais. Precisamos reforçar a necessidade de que os trabalhadores retomem os sindicatos das mãos da burocracia, para que eles se transformem em ferramentas a favor do avanço da luta e se coloquem a favor dos trabalhadores, e não sirvam apenas para a manutenção de cargos burocráticos ocupados por aqueles que nos momentos mais decisivos das lutas freiam esse combate e colaboram com os ataques dos governos e dos capitalistas.




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