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18 MORTOS E 6 FERIDOS | Chacina em São Paulo mostra quadro de violência policial

sábado 15 de agosto de 2015 | 01:59

Chacina na noite da última quinta-feira (13) em Osasco e Barueri deixou 18 mortos e 6 feridos até o momento. Na sua maioria eram jovens, umas das principais linhas de investigação da polícia civil é a de um grupo de extermínio formado por policiais. É a maior chacina do ano na Grande São Paulo.

Nesta sexta-feira (14), o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Moraes declarou em entrevista coletiva que irá reforçar o policiamento nas regiões onde houveram as mortes e que as mortes podem estar relacionadas com as mortes de dois agentes de segurança na semana passada.

Osasco teve noite sangrenta nesta quinta-feira, 13. Moradores dos bairros da zona norte, como Helena Maria, Munhoz Jr, Vila Menk, Rochdale, Baronesa e Imperial afirmam ter ouvidos dezenas de tiros e relatam execuções de jovens a partir das oito da noite de quinta-feira. Em apenas duas horas, os grupos de Whatsapp já estavam cheios de fotos de jovens baleados em vias públicas.

Bares e estabelecimentos da região fecharam e o toque de recolher ainda estava decretado durante a manhã dessa sexta. As informações são de homens encapuzados e fortemente armados em motos e carros, que assassinaram esses jovens sem distinção alguma. Em alguns locais, testemunhas afirmaram ter ouvido que os “assassinos encapuzados” perguntavam pelos “antecedentes criminais” das pessoas no local, o que definia a vida ou morte das vítimas. Foram 18 homens assassinados,muitos eram jovens negros e trabalhadores, 6 possuíam algum antecedente criminal – link
Histórico de violência policial em SP.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o número de mortos por policiais no primeiro semestre é o maior em 10 anos. Em maio, um policial e um ex-PM foram presos por suspeita de participação na chacina na sede da Torcida corintiana Pavilhão Nove, que deixou oito mortos. Outro caso recente na Grande São Paulo, foi em Francisco Morato, caso denunciado pelo Esquerda Diário aqui .

Esse histórico de repressão e violência policial que atinge principalmente os negros e pobres das periferias, em especial a juventude, é parte da história sangrenta da instituição da polícia militar. Como se viu no massacre do Carandiru e tantos outros pelo Brasil, como em Vigário Geral no RJ, mais uma vez a polícia militar é a principal suspeita por mais este crime brutal contra a população da periferia e aos trabalhadores de Osasco e Barueri.

A chacina na Grande SP deixou mais uma vez escancarado quadro da repressão policial e como esta tem um alvo que é a população negra em particular. É necessário uma investigação independente formada pelos trabalhadores e pela comunidade dos bairros que sofreram com as mortes, para uma apuração que de fato possa exigir justiça e a punição dos responsáveis.




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