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GREVE NA GM | Cercar de solidariedade a greve na GM e preparar a batalha contra as demissões

A greve por PLR segue forte na GM de São José dos Campos. A patronal entrou na justiça para tentar impor sua proposta rebaixada aos trabalhadores, a negociação será dia 25 no TRT. Apoiar para vencer e defender os postos de trabalho.

Evandro NogueiraSão José dos Campos

sábado 23 de janeiro de 2016 | 00:50

Em nota publicada dia 22 no jornal O Estado a montadora tem amplo espaço para defender seu ponto de vista, “Para a GM, a proposta do sindicato "não condiz com a atual conjuntura econômica do País" e o "quadro dramático" do mercado automotivo e da empresa. Segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em 2015 foi registrada a maior queda nas vendas do setor automotivo desde 1987. Foram 2,569 milhões de unidades vendidas, um recuo de 26,5% em relação ao volume de 2014, quando foram comercializadas 3,497 milhões de unidades. A projeção da GM para 2016 é que sejam vendidos no País entre 2 milhões e 2,2 milhões de veículos Por isso, a empresa afirma que a atual proposta para a segunda parcela da PLR ‘está no limite do possível’”.

Contudo, não custa lembrar que, no último Salão do Automóvel de Detroit, que aconteceu nas primeiras semanas de janeiro, as declarações da presidente executiva da General Motors, Mary Barra, disputaram atenção com o modelo elétrico lançado pela montadora, o Bolt. Segundo a presidente da corporação, as expectativas são de aumentar o lucro por ação, que estava entre 5 a 5,5 dólares inicialmente, passando para 5,25 a 5,75 dólares. Ainda de acordo com a executiva, 9 bilhões de dólares serão distribuídos entre os acionistas da empresa antes de 2017. Parte desse cenário positivo está ligado às posições que a GM recuperou no mercado europeu no último ano. Isto também ajuda a entender a situação financeira da gigante norteamericana, “Em que pese o amargo 2015 para a indústria automobilística, a GM tem motivo para festejar. Além do Chevrolet Onix ter sido o modelo mais vendido no Brasil em 2015 (125,9 mil automóveis), a picape média S10 foi líder em sua categoria (33,3 mil unidades). Com o motor de até 206 cavalos e seis versões de acabamento, a S10 completou duas décadas de liderança no segmento, desde 1995.”

Durante a última reunião do Espaço de Unidade e Ação, que aconteceu dia 22 no sindicato dos metroviários, o diretor do Sindicato de Trabalhadores da USP, Marcelo Pablito, interviu dizendo que “reivindicamos muito a combatividade dos trabalhadores da GM, que não estão aceitando o pagamento do PLR rebaixado, essa luta precisa vencer e denunciamos com toda nossa força a intransigência da patronal que não atende essa justa reivindicação. Ao mesmo tempo, defendemos na reunião, assim como fizemos em reuniões passadas deste mesmo Espaço de Unidade de Ação, que não podemos baixar a guarda da luta contra as demissões. Essa luta da PLR pode fortalecer a defesa dos postos de trabalho se ligamos as demandas como parte de uma mesma luta. Assim, podemos impedir que sigam ocorrendo as demissões na GM e apresentar essa luta como um exemplo para todo o país, mostrando na prática um exemplo como CSP-Conlutas. Assim, os trabalhadores de todas as montadoras do país, da Volks, da Mercedez, da Ford etc. teriam um exemplo contra a política da burocracia de negociar o PPE com a patronal e o governo, contra os trabalhadores ou de aceitação passiva das demissões.”

Neste mesmo dia 22, Danilo Magrão, membro da Oposição da Apeoesp, Tatiane Lima, coordenadora do Centro de Estudantes da Unicamp e Bia, da PUC-Campinas estiveram na porta da GM para prestar solidariedade à greve e chamar à luta contra as demissões que a patronal prepara.

O Esquerda Diário também conversou com o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o Macapá.




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