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REFORMA TRABALHISTA | Centrais sindicais podem perder o imposto sindical apesar de negociatas com Temer

terça-feira 7 de novembro de 2017 | Edição do dia

O presidente Michel Temer voltou atrás na negociação com as centrais sindicais em relação ao imposto sindical. O acordo revia a decisão de fim do imposto sindical, que entrará em vigor junto a Reforma Trabalhista no próximo dia 11.

A proposta deverá ser encaminhada até sexta-feira (10) ao Congresso Nacional e não incluirá a regulamentação da contribuição assistencial, defendida pelas centrais como forma de amenizar o impacto que a reforma causará no caixa sindical. Ainda não se sabe se ela virá em formato de MP (Medida Provisória) ou de PL (Projeto de Lei).

Agora elas estão vendo o quanto vale a palavra de um golpista. Depois de terem controlado a força da classe trabalhadora contra as reformas do governo Temer, traindo a Greve Geral do dia 30 de abril e fortalecendo o governo golpista, Temer rasgou o acordo feito e quer acabar com o imposto sindical. O único interesse da burocracia era a manutenção do privilégio que o imposto sindical obrigatório traz, por abrir a possibilidade de sindicalistas carreiristas que vivem anos às custas do salário do trabalhador. O único interesse de Temer era atacar os trabalhadores, incluindo os seus sindicatos.

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A proposta que tentarão negociar até o dia 10 será de transição para a extinção do imposto, com sua manutenção até 2020 e diminuição progressiva nos três anos seguintes.

A retirada do imposto sindical era uma forma de demagogia de Temer que quer no fundo acabar com os sindicatos, afinal, a Reforma Trabalhista representa um conjunto de medidas para enfraquecer os trabalhadores, e isto inclui suas ferramentas de mobilização e negociação.

As centrais sindicais (como CUT, CTB, Força Sindical, entre outras) estão preocupadas somente em negociar com o governo a manutenção do imposto sindical para garantir seus privilégios sem lutar contra a reforma trabalhista de conjunto, o que permite com que o governo Temer hoje dê uma saída à direita não só aprovando a Reforma Trabalhista e atacando os direitos dos trabalhadores para garantir o lucro dos empresários e políticos corruptos no país, mas também uma saída a direita à estrutura sindical atacando a sobrevivência dos sindicatos. As centrais deveriam não só organizar a luta para barrar o ataque aos sindicatos, mas exigir a anulação desta Reforma retomando o caminho da luta e jogando suas forças na organização dos trabalhadores para acabar com a retirada de direitos.

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(Foto: Beto Barata/Presidência)




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