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Carta Programa da chapa Primavera nos Dentes para o DCE livre da USP

A chapa Primavera nos Dentes para o DCE livre da USP, apresenta seu programa defendendo a necessidade de reinventar o DCE por um movimento estudantil subversivo e aliado aos trabalhadores.

Odete AssisMestranda em Literatura Brasileira na UFMG

Mariana DuarteEstudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

segunda-feira 6 de novembro de 2017 | Edição do dia

Por um DCE que organize os estudantes para fazer ressurgir um forte movimento estudantil na USP. Temos grandes desafios na defesa da universidade, isso exige pensarmos a grande política, afinal nossos problemas não estão descolados do resto do país. É preciso que os estudantes da USP voltem a se sentir sujeitos políticos. O movimento estudantil já provou diversas vezes seu potencial na história, como na luta contra a ditadura militar ou contra os decretos do Serra em 2007. Romper com o marasmo, voltar a dialogar com o conjunto dos estudantes e organizar a luta para reerguer o movimento estudantil junto aos trabalhadores: essas são as tarefas do DCE hoje.

Sobre nossa concepção de entidade: Reinventar o DCE da USP por um movimento estudantil subversivo e aliado aos trabalhadores

Um DCE que organiza os estudantes para lutar contra os ataques à universidade deve questionar também a estrutura de poder desta. A reitoria e o conselho universitário são compostos em sua maioria por donos de empresas terceirizadas e até representantes da FIESP e Fecomércio. Afirmam que a universidade passa por uma crise, enquanto nada é falado sobre seus super-salários, que continuam intactos. Por isso é urgente abrir o livro de contas da universidade, só assim saberemos onde realmente está a crise. Defendemos um DCE que se coloque contra a existência dessa estrutura de poder totalmente antidemocrática, pois ela só serve aos empresários e não aos interesses daqueles que realmente constroem a universidade. Para isso, lutamos pelo fim da reitoria e do conselho universitário e defendemos uma Estatuinte Livre Democrática e Soberana, que rompa com o estatuto escrito em plena ditadura militar e coloque de forma proporcional os rumos da universidade nas mãos dos estudantes, trabalhadores e professores.

A respeito da crise da educação leia: Por um DCE linha de frente na defesa da educação: contra os cortes e o Escola sem Partido

Contra o desmonte da universidade, pela contratação de professores e funcionários, pela efetivação dos trabalhadores terceirizados, em defesa da permanência estudantil, das creches, da Escola de Aplicação e do Hospital Universitário. Contra a privatização da educação e das riquezas nacionais, o avanço de projetos reacionários como o Escola sem Partido e a “Cura Gay” e as reformas trabalhista e da previdência. Para enfrentar os ataques da direita, não podemos ter nenhuma ilusão no projeto de conciliação petista. Precisamos reinventar um DCE que organize os estudantes tendo como exemplo as greves dos professores e trabalhadores do Rio Grande do Sul, que devem ser cercadas da mais ampla solidariedade.

Para saber mais acesse: A juventude precisa apoiar as greves do Rio Grande do Sul

Queremos subverter a universidade como espaço vivo de reflexão e criação, com festas, saraus, atividades acadêmicas, esportivas e culturais abertas para toda população. Contra toda forma de opressão e violência machista, racista e LGBTfóbica, pela liberdade de gênero e sexualidade. Por meio da nossa luta, conseguimos impor a aprovação do princípio de cotas étnico-raciais na USP. Para seguir enfrentando o racismo estrutural dessa universidade, precisamos ampliar as cotas conquistadas, lutar pelo fim desse filtro social e racial que é o vestibular e, para garantir que todos tenham vagas, defender a estatização das faculdades particulares dos gigantes do ensino, como a Kroton-Anhanguera, sob nosso controle.

Veja também: Porque os estudantes devem defender a estatização da Kroton-Anhanguera?

O reitor Zago, além de punir e ameaçar aqueles que lutam na universidade, proibiu as festas e aumentou a presença da polícia dentro da USP. Exigimos a retirada dessa polícia assassina do campus. E o fim de todos os processos e sindicâncias contra aqueles que se organizam em defesa da universidade. Queremos uma universidade viva e aberta aos trabalhadores e a juventude.

Queremos a liberdade para pensarmos nossos currículos livre dos interesses capitalistas. Defendemos um movimento estudantil aliado aos trabalhadores e batalhamos para que o conhecimento produzido aqui, esteja a serviço da população pobre e trabalhadora.

Precisamos de uma entidade que rompa com o imobilismo e seja realmente democrática, onde todas as opiniões e contribuições de todas as chapas possam ser testadas, e que esteja lado a lado com os trabalhadores. Defendemos um DCE proporcional, que eleja o número de diretores proporcionalmente ao número de votos de cada chapa, fomentando uma entidade viva, em que todas as semelhanças e divergências podem se expressar para o conjunto dos estudantes.

Veja também: 6 momentos que provaram a força do Movimento Estudantil

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