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BLOQUEIO NA REPLAN | Caminhoneiros na Replan cantam hino nacional e aplaudem militares enviados por Temer

Na manhã de sábado, 26, as Forças Armadas chegaram na Refinaria de Paulínia (Replan), uma das mais importantes da região de Campinas-SP, com intuito de garantir a ordem de Temer de desobstruir à força as vias paradas pelos caminhoneiros. Mesmo assim, o movimento os saúda com clamor.

domingo 27 de maio de 2018 | Edição do dia

(Foto: Helen Sacconi/EPTV)

Condenamos a decisão de Temer de recorrer às Forças Armadas (mais uma vez) como medida repressiva contra o movimento de caminhoneiros. Uma medida que já foi usada contra os trabalhadores que lutavam contra a Reforma Trabalhista em Brasília no ano passado e no Rio de Janeiro com a intervenção nos morros, como forma de garantir a ordem em meio à crise social através da força. Ou seja, uma nova prerrogativa para seguir a linha dura contra paralisações nacionais e greves.

Apesar disso, os caminhoneiros acolheram de braços abertos aqueles que foram enviados para reprimir seu movimento. Em vídeo, a chegada da 11ª Brigada de Infantaria Leve na Replan foi recebida com aplausos e ao som do hino nacional, cantado pelos caminhoneiros. Uma enorme contradição expressa nesse movimento, que em outras partes do país recebe os militares com pedidos de intervenção militar, e que mostra a penetração das ideias mais reacionárias no movimento.

Ao mesmo tempo, ele vem se enfrentando com o governo por uma pauta expressamente patronal, mesmo após um setor de caminhoneiros ter rejeitado o acordo de quinta-feira e mantido inúmeros bloqueios. Nesse momento, não se enfrentam com a política de preços dos combustíveis de Temer na sua totalidade, que poderia se enfrentar com o aumento da gasolina, do gás de cozinha, ou mesmo por demandas trabalhistas da categoria, mas que se limitam a acabar com a taxação do PIS/Cofins sobre o diesel.

Veja o vídeo publicado pelos jornalistas do Correio Popular de Campinas:




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