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MORTES COVID-19 | Caixas, frentistas e motoristas de ônibus apresentaram maior aumento de mortes durante a pandemia

Trabalhadores formais que não ganharam o direito de quarentena e hoje não estão no plano de vacinação, representaram o maior aumento de mortes em relação ao ano anterior à pandemia.

segunda-feira 5 de abril de 2021 | Edição do dia

Imagem: Guilherme de Morais/ Facebook/ Reprodução

Trabalhadores como caixas, frentistas, motoristas de ônibus foram considerados essenciais e não puderam ficar em casa desde o início da pandemia, e hoje representam o maior aumento de mortes, comparando ainda com outras ocupações formais.

Segundo um levantamento feito para o El País, frentistas de posto de gasolina tiveram aumento de 68% nos desligamentos por morte. Operadores de caixa tiveram aumento de 67%, motoristas de ônibus de 62% e entre os profissionais terceirizados que monitoram temperaturas nas portas de supermercados e shoppings, houve um aumento de 59%.

Não se pode definir, exatamente, se as mortes foram causadas pelo Covid-19, mas em relação ao ano anterior à pandemia, houve um excesso de 22% de óbitos ao esperado.

As ocupações que demonstraram mais mortes foram aquelas consideradas essenciais e que envolvem contato direto com o público, entre eles comércio e transportes. O setor de transporte (que inclui não apenas os motoristas, mas também os trabalhadores dos depósitos e da administração) representa o maior número absoluto de mortes.

Os dados coletados pelo El País não abordam os trabalhadores informais, podendo significar um aumento ainda mais significativo.

O estudo destaca, ainda, as mortes na categoria dos professores. Algumas escolas voltaram ainda em julho de 2020, mas, no início de 2021, as aulas presenciais foram impostas pelo governo de São Paulo sem garantir nenhuma proteção ou garantir segurança aos alunos ou aos professores. Segundo a pesquisa, houve um aumento de 41 mortes no segundo semestre de 2020, e um aumento também de 41 mortes em janeiro e fevereiro de 2021 em comparação a 2020.

Em diversas cidades, inclusive São Paulo, motoristas de ônibus paralisaram para reivindicar vacina para o setor. Eles e outros setores como entregadores de aplicativos, caixas e frentistas não puderam parar por serem essenciais e mesmo assim não foram colocados no plano de vacinação.

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