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REFORMA ADMINISTRATIVA | Caiado, governador bolsonarista, quer pacto do STF, Congresso e Executivo para atacar servidores

Governador de Goiás chamou um pacto para priorizar a aprovação do ataque da Reforma Administrativa. Declarando guerra ao funcionalismo ele disse: "O Estado hoje não pode ser sequestrado pelas corporações".

sábado 3 de outubro de 2020 | Edição do dia

Em participação no debate "Políticas Públicas para o Agro", organizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o mandatário defendeu que chefes de Executivo assumam uma "parceria junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal (MPF) para convocá-los a uma discussão sobre o "fundamento do Estado".

"O Estado foi criado para sustentar os seus servidores ou foi criado para melhorar a vida da população?", questionou o governador goiano. "Em segundo lugar, devemos discutir o que é o custo da máquina do Estado e o que o cidadão recebe em contrapartida. O Estado hoje não pode ser sequestrado pelas corporações", sustentou.

As declarações do governador fazem coro com a propagando do governo e da mídia burguesa que em sua investida contra o funcionalismo público quer pintar os servidores como "parasitas", nas palavras de Paulo Guedes.

Bem diferente da realidade pintada por essas corporações, o grosso do funcionalismo público brasileiro se constitui de profissionais da área de Educação e Saúde. Os atacados por essa proposta de reforma administrativa serão professores, médico e enfermeiros. Profissionais que dia a dia mostram a relevância de seus serviços prestados à população.

Entretanto, as "corporações" que serão poupadas da Reforma Administrativa são justamente a das castas mais privilegiadas: juízes, parlamentares e militares. O que mostra que a verdadeira intenção da reforma, assim como do discurso de Caiado, um aliado de primeira de Bolsonaro, não é reduzir o "custo da máquina do Estado", mas sim atacar os servidores e os serviços públicos da população em nome da manutenção do pagamento da dívida pública.




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