quarta-feira 29 de novembro de 2017 | Edição do dia
Na Galeria C da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, que o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, divide com seus aliados, foi descoberto diversos itens de luxo, ao mesmo tempo em que o exército ocupa o Rio de Janeiro e mais de 40% dos presos não foram nem julgados ainda, mas permanecem presos no Brasil.
Entre os itens de luxo está um pote de queijo Chavroux, feito à base de leite de cabras francesas que custa de R$ 230 a R$ 300. Outro francês à mesa era o Babyel, queijinhos do tipo Saint Paulin, que vêm embalados em bolinhas e custam R$279, o quilo. Além disso, existe uma televisão de 65 polegadas que custa em torno de R$ 7,5 mil.
Enquanto isso, assistimos no começo do ano uma grave crise nos presídios do país, em especial no Rio de Janeiro aonde um surto de tuberculose ameaça a vida dos presos comuns, população esmagadoramente composta por pobres e negros que não podem pagar um advogado, às vezes nem mesmo foram julgados, ou ainda, em grande parte são presos injustamente pela polícia racista enquanto corruptos e ricaços são soltos pelos seus compadres juízes.
Com chacinas ocorrendo em diversos presídios comandados pelo narco-tráfico, enquanto o governo golpista de Temer disse que eram apenas coincidência, os presídios no Brasil são a cara da justiça burguesa: injusta com os pobres e negros enquanto deixa os ricos impunes. Mais de 40% dos presos no Brasil, estão a mais de 5 anos na cadeia e nem ao menos foram julgados, e desses 40% mais de 60% são negros, assim como a maioria esmagadora nos presídios e que são mortos e presos fruto da violência policial.
É um completo absurdo, que políticos presos por desvio corrupção e desvio de dinheiro consigam manter tais privilégio nas cadeias. Pelo fim dos privilégios de todos os políticos.
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