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Companhia Siderúrgica Nacional | CSN é ditatorial e covarde: persegue e demite trabalhadores para tentar calar a luta

A luta dos trabalhadores da CSN já dura mais de uma semana. Ao mesmo tempo que promete negociações com o sindicato vendido (Força Sindical) a bilionária empresa de Benjamin Steinbruck está perseguindo os trabalhadores, organizando dezenas (senão centenas) de demissões. Porém a luta dos trabalhadores segue. É preciso cerca de solidariedade a luta dos metalúrgicos.

quinta-feira 14 de abril de 2022 | Edição do dia

Diariamente trabalhadores chegam à unidade em Volta Redonda para entrar na histórica siderúrgica e continuar lá dentro o movimento de paralisação que tem acontecido e descobrem que seus crachás foram bloqueados e devem se dirigir ao RH. O Esquerda Diário esteve presente na planta nessa quinta e pode presenciar mais de 10 casos só hoje.

Os trabalhadores, ao contrário dos acionistas da CSN e de Steinbruck que lucraram R$13,6 bilhões só no ano passado, tem contas a pagar. Operários e operárias com 5, 10, 20 anos de empresa e que foram protagonistas ou não do movimento são enxotados pela patronal ditatorial porém assustada que quer amedrontar os trabalhadores em luta e derrotar sua luta por seus direitos.

O movimento dos trabalhadores da empresa em Congonhas (MG), Itaguái (RJ) e Volta Redonda (idem) recusou a proposta patronal de reajuste salarial abaixo da inflação e sua proposta de PLR, entre outras demandas. Os metalúrgicos rejeitaram em um plebiscito massivo, em urna, com mais de 99% dos votos derrotando a patronal.

Em Volta Redonda os trabalhadores montaram uma comissão de base que chegou a participar de reuniões com a empresa, porém após ameaça do sindicato foram todos mandados embora pela patronal. Depois da demissão da comissão a empresa seguiu demitindo mais trabalhadores e sua perseguição não para por aí, espalham boatos que quem estiver em algum grupo de telegrama sobre greve será mandado embora, tentando espalhar o terror na fábrica, mas até o momento sem conseguir sucesso.
Os trabalhadores da CSN exigem do sindicato amigo de Steinbruck que sua comissão de base também participe das negociações.

Steinbruck, bilionário que se enriqueceu com a criminosa privatização da fábrica em 1993, no governo Itamar, mostra, mais uma vez sua cara covarde e ditatorial de herdeiro da repressão do Exército que assassinou os operários William, Walmir e Barroso na grande greve de 1988.

A história da CSN é marcada por sangue e repressão, mas tem é marcada por um grande exemplo de organização dos trabalhadores sendo um símbolo histórico para toda a classe trabalhadora brasileira.

É urgente que os sindicatos, parlamentares e organizações que se reivindicam de esquerda e socialista cerquem de solidariedade a greve dos trabalhadores da CSN. Sua vitória pode inspirar trabalhadores da região e de todo país a passar por cima de seus sindicatos vendidos para conseguirem se enfrentar com os patrões.

Acompanhe a cobertura da luta dos trabalhadores da CSN no Esquerda Diário




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