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CAMPINAS | Brigada de Campinas irá comemorar o reacionário golpe de 64 sob recomendação de Bolsonaro

Após a determinação reacionária de Jair Bolsonaro (PSL) que coloca que as forças armadas comemorassem o aniversario do golpe militar de 1964, no dia 31 de março, a 11 Bda Inf L (Brigada de Infantaria Leve) de Campinas - SP, confirmou em resposta uma "solenidade interna". Enquanto Bolsonaro exalta um dos momentos mais sanguinolentos e violentos para a população e os trabalhadores ele quer, junto com o prefeito de Campinas, aprovar a reforma da previdência para nos fazer trabalhar até morrer.

quinta-feira 28 de março de 2019 | Edição do dia

Foto: Priscilla Geremias/G1

A 11ª Brigada de Infantaria Leve, organização do Exército sediada em Campinas, confirmou que vai realizar uma "solenidade interna" no próximo domingo (31), aniversário de 55 anos do golpe militar de 1964 - na ocasião as Forças Armadas tomaram o poder, dando início a uma ditadura que durou 21 anos. O tenente-coronel Eduardo José Lopes Gonçalo, chefe de comunicação da 11 Bda Inf L, confirmou a comemoração dizendo que seria “discreta” fechada à um público interno.

O Golpe militar significou um duro ataque às liberdades democráticas e políticas. Não apenas isso, impôs um profundo arrocho salarial, leis anti-greve e anti-manifestação e torturou milhares nos porões do DOPS, como também entregou recursos naturais e estatais para o interesse norte-americano, como tenta fazer hoje Bolsonaro com Paulo Guedes. Jornais inteiros foram fechados e qualquer notícia nos jornais deveria passar por uma censura anterior.

Como colocado aqui: trata-se de uma determinação repudiável, que celebra as torturas, assassinatos e desaparecimentos promovidos por uma ditadura corrupta ligada aos EUA, contra as massas trabalhadoras da cidade e do campo.

Leia mais: Conheça 8 políticos corruptos que a ditadura brasileira deixou como herança

Contra a decisão absurda da 11 Bda Inf L de Campinas repudiamos a comemoração do golpe de 64: não esquecemos e não perdoamos! Exigimos a revogação da Lei da Anistia de 1979 que deixa impune os torturadores da ditadura e que se mantém presente na constituição de 88, assim como o julgamento e punição de todos os responsáveis civis e militares pela ditadura! É preciso arrancar do Estado a abertura irrestrita de todos os arquivos e documentos ocultos sobre os crimes da ditadura militar!

Nós do MRT e do Esquerda Diário consideramos que é uma obrigação das centrais sindicais (em primeiro lugar da CUT e da CTB), organizações estudantis (como a UNE) e de direitos humanos, assim como do PT e do PSOL, se unificarem para organizar manifestações de repúdio no Brasil inteiro contra Bolsonaro e os golpistas de hoje e de ontem, coordenando essa mobilização com a organização da luta contra a reforma da previdência.




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