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CORONAVÍRUS | Brasil do negacionista Bolsonaro lidera os mais de 100 mil mortos na América Latina

Segundo dados das agências AFP e Reuters, nesta terça, 23, a América Latina e Caribe ultrapassaram o doloroso marco dos 100 mil mortos por Covid-19. Com cerca de 2,1 milhão de infectados na região, a pandemia avança com a liderança do Brasil, enquanto Bolsonaro segue minimizando os impactos da crise sanitária e incentivando uma normalização forçada. Nosso país sozinho possui mais da metade dos mortos e contaminados registrados, mas sabe-se que a subnotificação esconde dados que podem ser 7 a 15 vezes pior. Essa realidade atualiza a urgência de um plano sério para que não sejam os trabalhadores e a população pobre e negra a pagar por essa crise.

quarta-feira 24 de junho de 2020 | Edição do dia

Enquanto o Brasil teve nesta terça, 23, o segundo maior número de mortes por Covid-19 registrado em 24 horas, a pandemia avança também com liderança brasileira de mortos e contaminados pela doença. São mais de 100 mil mortos e 2,1 milhão de infectados na região, que é o atual epicentro da crise sanitária. Os países mais afetados são Brasil, México, Peru e Chile.

De acordo com o levantamento realizado pelo consórcio de veículos de imprensa que apura os dados diariamente, no Brasil mais de 52 mil pessoas morreram vítimas da Covid-19 e possui mais de 1,1 milhão de infectados. O segundo país mais afetado é o México, que atingiu 23,3 mil mortos e mais de 191 mil casos de infectados pela doença. Não por um acaso é no Brasil de Bolsonaro, que chamou a pandemia de gripezinha, e no México de López Obrador, que chamou de psicose, onde os números gritam, trata-se de um reflexo cruel do descaso dos governos com a vida dos trabalhadores e pobres que são massacrados dia a dia.

Esses números alarmantes só crescem na América Latina, em meio a uma pressão internacional pela normalização de atividades econômicas e o fantasma da recessão global. No Brasil a grave situação se explica pela postura completamente negligente do governo Bolsonaro que dá declarações insistentes de que o maior problema é a paralisação econômica e não as centenas de milhares de vidas atingidas pela pandemia.

Esse governo, apoiado pelos militares, veio seguindo à risca os mandamentos do lucro patronal que exigem uma normalização forçada e reabertura sobretudo do comércio, enquanto sequer medidas elementares de segurança sanitária são levadas a frente nos estados e municípios que encaram o crescimento exponencial dos casos. Em diversos hospitais e centros de saúde do país a realidade é a mesma, faltam máscaras e EPIs básicos para os profissionais de saúde e não há testes massivos para uma racionalização da quarentena.

Enquanto o próprio presidente Bolsonaro se dá ao privilégio de não seguir normas sanitárias, com o respaldo de que pode realizar quantos testes quiser e ter atendimento hospitalar assegurado, à maioria da população resta torcer para não ser contaminada, pois os hospitais estão colapsados ou à beira do colapso nas diversas capitais e metrópoles afetadas.

É urgente um plano emergencial sério para responder à essa crise, não só no Brasil, mas em toda a região, e impedir novos milhares de mortos e contaminados pelo coronavírus. É urgente que os governos assegurem testes massivos para uma racionalização das quarentenas e contenção do contágio, que os profissionais da saúde tenham acesso a todos os EPIs necessários, produtos de higienização e que sejam realizadas novas contratações.

Na saúde e demais serviços essenciais que seguem em funcionamento também se faz urgente a liberação dos setores que são grupo de risco de seus locais de trabalho, sem perda de salário e direitos é urgente. Para os muitos milhões de desempregados e subempregados, que hoje estão entre os 40% de informais, é urgente não só a manutenção e pagamento sem demora do auxílio emergencial, como este deve ser elevado ao valor de 2 mil reais, para de fato auxiliar no sustento digno das famílias que necessitam.

Para responder à imensa fila por leitos e atendimento médico, é urgente unificar os hospitais, centros de saúde e laboratórios públicos e privados, sem privilégios aos mais ricos enquanto pobres e negros adoecem e morrem mais, como diversas pesquisas o comprovaram nas últimas semanas. Somente um SUS 100% estatal e controlado pelos próprios profissionais da saúde e especialistas pode dar uma resposta a essa crise e que sejam os capitalistas que a criaram que paguem por ela.




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