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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Para fazer trabalharmos até morrer, Bolsonaro tem maioria dos senadores para votar a reforma

Segundo dados do Estadão, já são 42 votos dos 49 votos que Bolsonaro necessita para aplicar a mãe de todas as reformas, que vem para retirar todos os direitos conquistados pela classe trabalhadora direciona-la a uma vida de miséria.

segunda-feira 15 de julho de 2019 | Edição do dia

O tempo tem servido como ferramenta essencial para Bolsonaro ganhar base no senado para aplicar a reforma da previdência. Segundo dados do Estadão, já são 42 votos dos 49 votos que Bolsonaro necessita para aplicar a mãe de todas as reformas, que vem para retirar todos os direitos conquistados pela classe trabalhadora nos direcionar a uma vida de miséria. Enquanto ao mesmo tempo as centrais sindicais como a UGT e Força Sindical, se mostram com uma política passiva e também paralisada, a CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB forçam paralisia e se colocam alinhadas com uma amenização da reforma da previdência traindo milhões de trabalhadores que vão ser afetados pela reforma.

Mesmo que a proposta de reforma ainda não tenha chegado ao senado, vindo a passar por um segundo turno na câmara de deputados, a maioria dos senadores já se coloca a favor da reforma consolidando mais que a metade do total de senadores. Mas ainda assim são necessários mais sete votos para ser aprovada em senado. 15 senadores se colocaram em abstenção até o momento em que o texto se chegar no senado enquanto 11 se colocaram contra. Já foram liberados mais de um 1,5 bilhão de reais em emendas parlamentares e na semana passada Bolsonaro liberou mais 176 Milhões de reais em emendas para agradar deputados que votarem na reforma de previdência, e não poupará esforços para ganhar a quantidade necessária de senadores para colocar os trabalhadores sob as piores condições de trabalho e salubridade.

Paralelamente temos as maiores centrais sindicais CUT e CTB, que são dirigidas por PT e PCdoB, em que na medida em que os governadores do PT são favoráveis e pedem para expandir a reforma para para os estados e as cidades essas burocracias sindicais atuam junto com as burocracias estudantis para dividir os estudantes que se levantam contra os cortes da educação e de direitos, impedindo-os de unificar suas pautas com as da classe trabalhadora, fica claro o exemplo de que a Força Sindical, dirigida por Paulinho da força, afina seu posicionamento junto aos governadores do PT que se posicionam a favor da reforma. Paulinho da força, declarou que a força dos trabalhadores é insuficiente para barrar a reforma da previdência, e sim que ela é suficiente para negociar uma reforma menos pior. Essa declaração foi lançada em pleno dia dos trabalhadores.

Podemos concluir que as centrais sindicais, o PT e o PCdoB se colocam cada vez mais em uma estratégia acanhada, traidora e conciliadora, apenas se colocando em oposição parlamentar da qual até agora não serviu para nada a não ser deixar explícito o caráter traidor de sua política que se demonstra totalmente insuficiente como uma saída para os trabalhadores. A cada dia de paralisia das centrais, o governo Bolsonaro avança a passos largos para a concretização do seu maior ataque que vai sujeitar a juventude, que é o setor com maior número de desempregados no país, negros e população pobre a uma vida mais miserável para satisfazer a necessidade de lucros de um punhado de bancos internacionais. É necessário uma saída que coloque os trabalhadores a frente contra a reforma da previdência. Os trabalhadores precisam se organizar com comitês e assembleias em locais de trabalhos onde organizem uma grande mobilização que seja capaz de derrotar Bolsonaro e a reforma da Previdência, com a força da classe trabalhadora aliada à juventude.




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