Bolsonaro segue armando o discurso golpista para o caso de sua derrota eleitoral. Na live dessa quinta-feira ele afirmou: "Na fraude, não. Vamos para o voto auditável. Esse voto ´mandrake´ aí… não vai dar certo. Vamos ter convulsão no Brasil. Nós vamos ter um problema seríssimo no Brasil".
sexta-feira 2 de julho de 2021 | Edição do dia
Na mesma live em que debochou da denúncia de propina no ministério da Saúde, dizendo que é uma "propininha de R$ 2 bi", Bolsonaro reforçou o discurso de fraude eleitoral, instigando um golpe em 2022: "Vamos ter convulsão no Brasil. Nós vamos ter um problema seríssimo no Brasil".
“Eu entrego a faixa presidencial para qualquer um que ganhar de mim na urna de forma limpa. Na fraude, não. Vamos para o voto auditável. Esse voto ´mandrake´ aí… não vai dar certo. Vamos ter convulsão no Brasil. Nós vamos ter um problema seríssimo no Brasil. Eu estou fazendo de tudo, avisando com antecedência, para evitar isso aí”, disse o presidente genocida na live dessa quinta.
Bolsonaro usa o discurso do voto impresso como forma de questionar as eleições e instigar sua base para a tentativa de um golpe em 2022, aos moldes da invasão do Capitólio pelos bandos de Trump.
“Tiraram o ladrão da cadeia. Tornaram o ladrão elegível, no meu entender, para ser presidente, sim, mas na fraude. Porque no voto ele não ganha, não ganha de ninguém, então não vou admitir um sistema fraudável de eleições”
Entretanto, mesmo partidos de sua base aliada, assinaram um manifesto contra o voto impresso, dando mostras de que não estão dispostos a se comprometerem até o final com esse discurso golpista.
Superpedido de impeachment
O presidente Jair Bolsonaro reagiu com risadas ao “superpedido” de impeachment apresentado contra ele por parlamentares e entidades da sociedade civil. Ele classificou o grupo que assinou o documento como “pessoas que não têm o que fazer”, e afirmou que a “maioria” do Parlamento não é assim e está, na verdade, “sintonizada” com seu governo.
Bolsonaro sabe como são inofensivos esses pedidos de impeachment quando conta com a sustentação que tem do centrão. O presidente da Câmara, Arthur Lira, já blindou Bolsonaro dizendo que não vê materialidade no pedido.
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