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Extrema Direita | Bolsonaro quer Marinha e Força Aérea Brasileira em Copacabana em reacionário 7 de Setembro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu mudar o planejamento e determinou que a Marinha e a FAB (Força Aérea Brasileira) participem do ato em Copacabana (Rio de Janeiro) no feriado de 7 de Setembro, mesmo com a resistência do Alto Comando do Exército. Para derrotar as bravatas reacionárias de Bolsonaro, é preciso confiar na força da luta de classes da classe trabalhadora, e não assinando carta com golpistas como FIESP e Febraban.

terça-feira 16 de agosto de 2022 | Edição do dia

Bolsonaro desejava um desfile militar na avenida Atlântica, mas a ideia perdeu força após objeções da cúpula da Defesa, do Exército e da prefeitura do Rio.

Tradicionalmente, o desfile do 7 de Setembro no Rio de Janeiro ocorre na avenida Presidente Vargas, na região central.

Sem o desfile militar, Bolsonaro comunicou ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que quer aparatos da Aeronáutica e da Marinha em Copacabana. A ideia é que navios de guerra estejam visíveis da orla durante as manifestações e que aviões da FAB façam demonstrações aéreas no local.

Interlocutores na Marinha e na FAB disseram que os respectivos comandos ainda não foram comunicados oficialmente.

A ideia em avaliação é disponibilizar cerca de dez navios de guerra da Marinha para o ato bolsonarista.

O trajeto naval deverá começar na Barra da Tijuca, zona oeste, e passar pelas praias de São Conrado, Leblon, Ipanema e Arpoador até Copacabana, o que já é o trajeto tradicional nos dias da independência.

A Defesa ainda avalia levar aviões da Esquadrilha da Fumaça da FAB para realizar sobrevoos e manobras aéreas na orla.

A ordem para envolver a Marinha e a FAB no evento foi dada por Bolsonaro após generais do Alto Comando do Exército e o próprio ministro da Defesa tentarem convencê-lo a não levar o desfile militar para Copacabana.

Em conversas reservadas, os militares alegaram problemas logísticos e de segurança para tirar o evento do 7 de Setembro da Presidente Vargas e transferi-lo para Copacabana.

De acordo com relatos feitos à Folha, o objetivo principal da cúpula do Exército era evitar que as Forças Armadas fossem associadas a um evento com possíveis ataques de Bolsonaro a instituições, como o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Além dos desfiles em Brasília e no Rio de Janeiro, o governo prepara eventos oficiais em todas as cidades do país que possuem organizações militares da Marinha.

A orla de Copacabana é normalmente usada por apoiadores de Bolsonaro para realizar atos pró-governo. Em 30 de julho, Bolsonaro anunciou que levaria o desfile militar de 7 de Setembro para a avenida Atlântica.

Nos atos do ano passado, Bolsonaro fez ameaças golpistas ao STF e atacou ministros da corte. Em discurso na avenida Paulista, em São Paulo, o presidente exortou desobediência a decisões da Justiça e disse que só sairá morto da Presidência da República.

"Nós devemos sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade. Dizer a vocês que qualquer decisão do senhor ​Alexandre de Moraes esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou", afirmou no ano passado.

O bolsonarismo não vai acabar após as eleições. A extrema direita vem se tornando uma força social que vai muito além da expressão eleitoral. Por todo país vemos atos de violência racista, misógina e LGBTfóbica incitadas pelo bolsonarismo e a extrema direita, além das próprias forças assassinas policiais que se encorajam a serem ainda mais letais.

Por outro lado os ataques a classe trabalhadora e nossos direitos, como a reforma da previdência e trabalhista, a precarização do trabalho, as privatizações e todo o efeito da crise nas nossas costas vem a pleno vapor desde o golpe de 2016 e segue ainda mais brutal durante o governo de Bolsonaro. Mas não tenhamos dúvidas de que independente de quem ganhar as eleições, o plano econômico do golpe seguirá, imposto pelos grande capitalistas nacionais e internacionais para manterem e aumentarem seus lucros bilionários. A chapa Lula-Alckmin tem sido guardião do seguimento deste projeto econômico, prometendo desde já deixar todas as contra reformas e privatizações intocadas.

Por isso nossa luta contra Bolsonaro e a extrema direita tem que partir de já, sem nenhuma ilusão na conciliação com os capitalistas e a direita, como vem fazendo a chapa Lula-Alckmin. Precisamos organizar a classe trabalhadora, junto a juventude e toda população oprimida e explorada, através da auto-organização dos locais de trabalho e estudos, exigindo das grandes centrais sindicais um verdadeiro plano de lutas,para enfrentar cada ataque em curso e reverter as contrarreformas e enfrentar Bolsonaro no nosso terreno, na luta de classes.

Com informações da Folha.




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