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CESARE BATTISTI | Bolsonaro e embaixador italiano concordaram em expulsar Cesare Battisti do Brasil

O embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, visitou o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na manhã desta segunda-feira, 5, para tratar do futuro da relação entre os dois países e discutir a situação do ativista italiano Cesare Battisti.

segunda-feira 5 de novembro de 2018 | Edição do dia

Bolsonaro já havia declarado que era favorável à extradição de Cesare Battisti, como parte da sua perseguição à opositores da esquerda. Em entrevista ao jornal Nacional, o futuro presidente prometeu perseguir as cúpulas do PT e PSOL e propõe enquadrar MST e MTST na lei antiterrorismo.

Cesare Battisti é perseguido pelo governo italiano, condenado à prisão perpétua sem banho de sol por ter sido militante político pelo partido de extrema-esquerda “Proletários Armados para o Comunismo” na resistência italiana durante o período que ficou conhecido como “anos de chumbo”, entre as décadas de 70 e 80.

O governo italiano acusa Cesare de terrorismo e da suposta autoria de quatro assassinatos atribuídos ao grupo ao qual fazia parte, e ameaça de condená-lo a morte. As investigações indicam, no entanto, que ele sequer estava presente nessas situações, que denotam clara perseguição política pelo caso. Battiste está foragido no Brasil desde 2004. Ele foi preso preventivamente há quase dois anos.

Em defesa das entidades que organizam os trabalhadores e da juventude do governo autoritário e ultraliberal de Bolsonaro, dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais, é preciso repudiar a extradição de Battisti e exigir sua liberdade imediata. A ameaça de sua expulsão é parte da continuidade do governo Temer proposto por Bolsonaro, que não levou até o final na sua extradição.

É preciso uma ampla campanha democrática em defesa da liberdade de Cesare Battisti, que se oponha às ameaças de Bolsonaro.




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