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AUXÍLIO EMERGENCIAL | Bolsonaro decreta: quem se recuperar financeiramente terá que devolver o auxílio ao governo

Como se não bastasse o auxílio emergencial possuir o valor insuficiente de R$600 para sustentar uma família e não ter sido aprovado ainda para todos aqueles que solicitaram, acumulando uma espera de dois meses, ou então o escândalo de desvio do auxílio para as mãos dos militares, agora o governo de Bolsonaro sancionou uma medida que exige devolução do auxílio recebido por aqueles que se recuperarem ao longo de 2020.

quarta-feira 27 de maio de 2020 | Edição do dia

A lei do auxílio emergencial prevê desde o começo de sua existência que não poderão receber o auxílio aqueles que receberam mais de R$ 28.559,70 em 2018. O congresso propôs retirar esse decreto e transformá-lo em um empréstimo para aqueles que terminarem o ano com a renda acima do limite de isenção do Imposto de Renda. Bolsonaro vetou a proposta ao mesmo tempo que sancionou a mudança no auxílio como um empréstimo para os que estiverem recuperados financeiramente no final do ano.

Vejamos que esse governo, seja por parte do presidente reacionário Bolsonaro, seu vice saudosista da ditadura militar Mourão junto de todos os militares ou então por parte do congresso, apenas têm tomado medidas que precarizam ainda mais a vida dos trabalhadores. Eles ignoram as mais de 24 mil mortes por coronavírus no país, deixando as trabalhadoras da saúde à própria sorte sem EPIs adequados nos hospitais enquanto formulam medidas de empréstimo ao invés de liberar o auxílio para aqueles que estão na espera ou então repensar esse valor irrisório atual. São responsáveis por cada uma dessas mortes todos esses atores políticos junto dos governadores que não tomam medidas efetivas para o combate à pandemia, pois estão mais preocupados em atender os interesses dos empresários. Importante ressaltar que os governadores mesmo que tentem se diferenciar de Bolsonaro, na prática levam a mesma política de morte, como vemos no Rio Grande do Sul com Eduardo Leite e a reabertura do comércio ou no Rio de Janeiro com Witzel e sua polícia genocida e racista.

Diante de mais uma medida anti-trabalhador sancionada por Bolsonaro, com o aval de Mourão e dos militares que têm dado todo suporte ao executivo, precisamos batalhar por uma saída dos trabalhadores que realmente responda a altura dessa crise. Para começar, o auxílio emergencial deveria ser de R$ 2.000, o mínimo para sobreviver no momento em que o desemprego caminha a passos largos. As medidas pensadas pelos governantes deveriam estar voltadas para salvar vidas, abrir mais leitos, produção de mais EPIs, mas essa é mais uma prova de que não podemos confiar nesse governo negacionista, no congresso e tampouco no STF golpista.

Somente uma organização dos trabalhadores desde a base seria capaz de girar a produção nas indústrias para fabricar máscaras e aparelhos respiratórios, por exemplo. Porque para eles o interesse privado, o lucro, vem antes de nossas vidas. Por isso é preciso que nos organizemos e gritemos com todas nossas forças Fora Bolsonaro e Mourão, não depositamos nenhuma confiança no congresso e no STF. Confiamos apenas na luta dos trabalhadores e da juventude, os únicos capazes de tirar do lucro dos capitalistas para salvar da fome milhares de brasileiros.




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