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Eleições em Minas | Bolsonaro busca apoio de Zema, enquanto Lula fecha aliança com mais um inimigo de classe

A corrida eleitoral para o governo em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral, vem sendo acompanhada de perto pelos dois candidatos à frente nas pesquisas para a presidência, Lula e Bolsonaro.

segunda-feira 8 de agosto de 2022 | Edição do dia

Romeu Zema (novo), atual governador de Minas Gerais, lidera as pesquisas eleitorais no estado. O que agrada muito Bolsonaro, que vê com bons olhos a reaproximação com o candidato, que foi tão fiel a política reacionária do presidente nesses últimos 4 anos. A aliança ainda não foi firmada pelas partes, mas Zema é um feroz defensor das políticas bolsonaristas, promovendo ataques a nossa classe, desmatamento e o avanço da mineração no estado. Medidas que só estão a serviço da patronal e das grandes mineradoras, e que significou para nossa classe, fome e precarização do trabalho, mortes durante a pandemia e o aumento do desemprego. Como vimos nos ataques aos professores estaduais de Minas e ao incentivo à mineração predatória que levou à morte de Bruno e Dom.

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Por outro lado, em segundo lugar, está Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte, que reprimiu os professores em greve e está no partido que votou a favor da censura nas escolas, junto à extrema direita e o Escola Sem Partido. É a esse projeto de governo, qual Lula e o PT se aliam, mostrando que realmente a sua chapa com Alckmin não é uma candidatura de esquerda, mas sim em conjunto com os setores que atacam a nossa classe.

Derrotar o Bolsonaro e os bolsonaristas, como Zema em MG, é urgente. Entretanto, Bolsonaro e seus aliados deixaram uma série de ataques econômicos que seguirão descarregando a crise nas costas da classe trabalhadora. A chapa Lula-Alckmin, por sua vez, acena desde já que vai seguir o projeto econômico, fruto do golpe institucional, sem revogar as reformas que nos exploram. A resposta às ameaças golpistas de bolsonaro não pode ser se aliar a setores como a Fiesp, ou às caras do golpe de 2016, como ex-ministros do STF, além de banqueiros e a burguesia que só quer assegurar seus lucros, chamando um ato nos dias 11 para a leitura da ‘carta à democracia’. Precisamos derrotar Bolsonaro e suas ameaças golpistas nas ruas, com independência desses setores, confiando apenas nas forças de nossa classe, e não em atos que servem de palanque eleitoral para Lula-Alckmin.

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