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BOLÍVIA | Bloqueios e mobilizações contra a reeleição de Evo Morales

Logo após o Supremo Tribunal Eleitoral habilitar Evo Morales e Álvaro García para uma quarta re-eleição, um heterogêneo arco opositor declarou paralisação cívica no dia 6 de dezembro com bloqueios e mobilizações

segunda-feira 10 de dezembro de 2018 | Edição do dia

Nesta quinta-feira as ruas de oito dos novos estados do país, com a exceção de Pando no norte boliviano, amanheceram bloqueadas. O paro cívico convocado pela oposição do 21F é contundente. Na vanguarda estão os médicos e o setor da saúde, o transporte pesado e suas câmeras empresariais, o Manifestério de La Paz, a Universidade Mayor de San Andrés (UMSA), os grêmios e comerciantes urbanos assim como dezenas de associações de vizinhos que responderam ao chamado dos Comitês Cívicos.

Nas primeiras horas da madrugada foi possível contatar a presença em certos pontos de bloqueio e alguns enfrentamentos com a polícia como aconteceu nas postas do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) do departamento de La Paz. Entretanto, reforçados grupos de manifestantes provenientes de diferente regiões do país vão entrando por diferentes acessos à sede do governo para se concentrar nas postas do TSE e exigir respeitos aos resultados eleitorais do referendo em voga do dia 21 de fevereiro de 2016, onde 51,3% dos votos disse não a uma nova reeleição de Evo Morales.

A habilitação do TSE a uma nova re-candidatura do binômio Evo-Álvaro para as eleições de 2019 causou grande indignação em vários setores de uma heterogênea oposição que definem esta medida como o golpe mais brutal à democracia no que caminha o governo do MAS. Lembremos o anúncio da habilitação dos binômios presidenciais estava previsto para o dia 8 de dezembro, ainda assim, adiantaram esta data com o objetivo de desmobilizar.

Este cenário anuncia o adiantamento de uma campanha eleitoral cada vez mais polarizada e como vem indicando as últimas pesquisas, Carlos Mesa começaria a se localiza como um eventual ganhador das próximas eleições As últimas medidas de caráter autoritário impulsionadas pelo governo de Evo Morales pareceria que aceleração seu desgaste em franjas das classes médias e setores de trabalhadores urbanos.

Traduzido de La Izquierda Diario.




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