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GUARANI-KAIOWÁ | Barbárie: Adolescente Guarani-Kaiowa foi torturado e morto enquanto pescava

No domingo (17), o indígena Guarani-Kaiowa Denilson Quevedo Barbosa, de 15 anos, foi torturado e assassinado com três tiros na cabeça enquanto pescava na reserva de Caarapó.

terça-feira 19 de julho de 2016 | Edição do dia

Os dois indígenas que conseguiram escapar do ataque confirmaram que o crime foi cometido pelo filho do fazendeiro Orladino e seus jagunços. O corpo da vitima foi encontrado em outra fazenda, porém Valdelice Verón, liderança indígena relatou que jogaram o corpo em outra fazenda para fingir que não foram eles. O corpo do jovem morador da aldeia tey ikue, localizado na área indígena Caarapó, em Caarapó (MS), foi encontrado no ultimo domingo em uma estrada vicinal que separa a aldeia de algumas fazendas.

Após o enterro realizado no local onde foi assassinado o adolescente, na fazenda Sardinha, utilizada para criação de gado e mono cultivo de soja, cerca de 500 indígenas acamparam para reivindicar justiça e a demarcação e homologação de sua terra. O comunicado do Conselho de Aty Guasu, que reúne as lideranças indígenas das aldeias Guarani-Kaiowa advertiu que o protesto passivo dos indígenas tem aumentado a tensão com a presença dos agentes da policia federal e com a FUNAI.

O fazendeiro Orladino Carneiro Gonçalves, 61, confessou ter atirado no adolescente Guarani-Kaiowa de 15 anos. Segundo o delegado regional de Dourados, Antonio Carlos Videira, o proprietário da fazenda Sardinha se apresentou ontem (19) à delegacia de Caarapó e confessou a participação no crime. De acordo com o mesmo delegado, Gonçalves estava acompanhado com a sua advogada, prestou depoimento e foi liberado em seguida.

O que acontece com os índios brasileiros mostra que o capitalismo é um regime reacionário que não permite que seres humanos tenham um espaço para poder ter uma vida digna. Este crime, assim como outros só acontecem no Brasil atualmente porque os ricos para poder enriquecer cada vez mais precisam expandir o seu território, sem se importar com que existe dentro dele.

Este jovem índio Guarani-Kaiowa só foi assassinado, assim como tantos outros, porque um fazendeiro precisa expulsar uma população inteira para enriquecer com um pedaço de terra que não é seu. E para que isso aconteça, os fazendeiros desrespeitam a sua própria lei impondo uma correlação de força favorável para que se enriqueçam de uma forma totalmente criminosa e absurda.

Se estas mortes de indígena já ocorriam com os governos do PT, com os golpistas elas tendem a se aprofundar cada vez mais. Muitos dos que planejaram o golpe no Brasil são exatamente os mesmos fazendeiros criminosos que estão por trás destes assassinados. Com o golpe institucional, estes gangsteres possuem cada vez mais o caminho livre para realizar estas barbáries.

É preciso uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta dos trabalhadores e dos setores populares da sociedade. A classe trabalhadora em conjunto com os demais setores populares da sociedade tem que questionar este sistema que permite que fazendeiros criem bois pra poder enriquecer e não permite que os indígenas possam usufruir da terra onde moram.




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