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ARTICULAÇÕES TEMER | Bancada BBB procura Temer para impor sua agenda reacionária

Formada por parlamentares ruralistas, evangélicos e defensores de propostas ligadas às forças repressivas do estado, a bancada foi fundamental na votação do impeachment da presidente Dilma no ultimo dia 17/04.

segunda-feira 25 de abril de 2016 | Edição do dia

A proporção de votos que seus integrantes deram contra a presidente foi muito maior do que o apresentado no resultado final. O placar do plenário da Câmara foi de 367 votos a favor e 137 contra. Na bancada evangélica, o placar foi de 163 x 24, enquanto na segurança foi de 245x47. O desempenho faz com que essas bancadas queiram conquistar na era Temer apoio oficial no andamento de sua agenda no congresso.

De acordo com o Deputado Sóstenes Cavalcante do Rio de Janeiro, um dos erros dos governos do PT foi ter dialogado somente com a bancada evangélica nos dois primeiros anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo o parlamentar ‘’De lá para cá, nunca mais houve uma interlocução para equilibrar a pauta da esquerda com as nossas. Pelo contrário, sempre fizeram questão de fazer confronto ideológico’’.

O deputado Jerônimo Georgen coordenador institucional da Frente Parlamentar da Agropecuária, quer que o vice-presidente privilegie o agronegócio. A bancada quer que o peemedebista acabe com programas de interesse do MST. Os parlamentares querem o apoio do Michel Temer para a PEC 215 que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a palavra final sobre a demarcação de terras indígenas no Brasil.

Está é só mais uma amostra de que se o Impeachment passa, abre um espaço à direita na superestrutura do país permitindo que estes setores consigam impor projetos reacionários contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade como a redução da maioridade penal que não foram pra frente com o atual governo. Depois de conseguirem os anéis com os 13 anos do governo petista, com a crise econômica e política que o país está vivendo, estes setores reacionários do congresso querem mais dedos do que o atual governo pode dar.

Ao invés de travar um combate consequente com estes setores, os governos de Lula e Dilma optaram por fazer os seus acordos com a bancada do Boi, da Bala e da Bíblia em nome da governabilidade. Além de rifar os direitos das mulheres, dos negros, dos LGBT e do povo indígena, o governo petista é o principal responsável por fortalecer estes setores da câmara que estão á frente do golpe institucional que está em curso no país.

Isto mostra que os verdadeiros perdedores com o impeachment são os trabalhadores e demais setores populares da sociedade. Por isso é mais do que necessário que a CUT organize assembleias, ocupações e greves para lutar contra o impeachment e os ataques dos governos. Está muito claro que num momento onde o impeachment está dado como quase certo, que showmícios organizados pela CUT e acordos feitos por Lula não poderão barrar o golpe institucional.




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