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DIREITA | Ato em defesa do golpe institucional em São José dos Campos mostra a sua cara reacionária

Em São José dos Campos, o ato convocado por um grupo que se denomina defensor do juiz Sergio Moro, REAGE BRASIL, reuniu por volta de 300 pessoas e circulou nas redondezas da tradicional Praça Afonso Pena. Apesar desta manifestação, o domingo na cidade foi como se nada estivesse acontecendo e dos poucos trabalhadores que presenciaram este ato dava pra ver claramente o rechaço aos manifestantes.

domingo 31 de julho de 2016 | Edição do dia

Conforme seguiu a regra de outras manifestações da direita, a composição social desta manifestação foi de maioria de classe média, branca e acima dos 30 anos. Dava para contar com os dedos de uma mão a presença de negros e de jovens que participaram do ato pelo golpe institucional do Brasil.

De acordo com Isabelle, moradora de São José dos Campos, "nesta manifestação não tem nenhum negro, pobre. São pessoas que não são atingidas diretamente pela crise econômica. A gente tem que entender que crise econômica é para pobre, pois os ricos não estão sofrendo com a crise econômica" e também citou que a "direita não fez absolutamente nada para os pobres".

Os membros do "Reage Brasil" fizeram falas no caminhão de som dizendo que a corrupção da Petrobrás é fruto de um projeto que a esquerda tem para o país, colocando que os grupos esquerdistas só lutaram contra a ditadura porque queriam se consolidar no poder. Também fizeram falas criticando a corrupção das estatais, sem criticar a participação das empresas privadas, e também contra a "ideologia de gênero" que visa atacar a "família".

Apesar do grupo "Reage Brasil" dizer que não tem nenhuma ligação com nenhum partido, o ato organizado por este grupo serviu de apêndice de apoio para os partidos de direita que vão concorrer às eleições para prefeitura de São José dos Campos em outubro. Foram feitas inúmeras críticas à gestão do prefeito petista Carlinhos de Almeida e também foi dito que o objetivo deste grupo é derrotar o PT.

Mesmo com os áudios vazados de Sergio Machado, como também os inúmeros ataques que o governo golpista está prometendo com a reforma da previdência, os atos chamado pelas organizações de direita no Brasil apenas deixam escancarado os seus interesses anti-operário e popular. Ao contrário do que foi falado, o interesse real destas organizações não é combater a corrupção, mas sim formar uma base de sustentação para o governo golpista.

O ato da direita que aconteceu em São José dos Campos foi contra os direitos das mulheres, dos negros, dos LGBTT, dos setores populares da sociedade e principalmente contra as suas organizações. Demonstra que se a direita quiser atacar profundamente estes setores, ela tem que necessariamente avançar contra as suas organizações.

Por outro lado, o fato desta manifestação ser rechaçada e ignorada pela maioria das pessoas que moram em São José dos Campos demonstra que grande parte da população está contra a Dilma, mas também contra o Temer. Mostra que o governo golpista é totalmente anti-popular e mostra que grande parte da população não está disposta a defender Michel Temer.

O impeachment da direita demonstrou sua farsa e cada vez mais demonstra quem está por trás dele. Esta saída não é dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade. É preciso uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta dos trabalhadores e setores populares da sociedade que seja capaz questionar os privilégios dos políticos, mas também fazer com que os capitalistas paguem pela crise.




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