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CORTES NA EDUCAÇÃO DE BOLSONARO | Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) diz que cortes de bolsa de Bolsonaro “fere de morte” a pesquisa no país

Nesta quarta-feira, o obscurantismo do governo de Bolsonaro atacou novamente a educação e a produção científica, anunciando o bloqueio de forma generalizada de bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

quinta-feira 9 de maio de 2019 | Edição do dia

Foto: FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDO

Nesta quarta-feira, o obscurantismo do governo de Bolsonaro atacou novamente a educação e a produção científica, anunciando o bloqueio de forma generalizada de bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

A Capes, órgão de fomento a pesquisa ligado ao MEC, oferece 200 mil bolsas de estudo. Atualmente existem 10 programas ativos da Capes, nos quais o estudante pode solicitar bolsa. As bolsas de mestrado e doutorado que estavam temporariamente sem uso foram retiradas do sistema, e o congelamento se dará a partir de Maio, causando desespero estudantes aprovados em processos seletivos concluídos ou em andamento.

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), em nota oficial denunciou a gravidade deste ataque: "Esses cortes que atingem o pior orçamento da década para esses setores consolidam um projeto de governo que fere de morte o ensino superior, a pós-graduação e a ciência nacional, enterrando qualquer possibilidade de retomada do desenvolvimento brasileiro e de futuro", diz a associação de pós-graduandos em uma nota oficial.” Ou seja, Bolsonaro e Weintraub, querem acabar com o pensamento crítico e a produção científica no nosso país.

A Capes ainda não divulgou o total de bolsas suspensas, mas já esta sendo levantado que todas as áreas de pesquisa foram afetadas e não só áreas de humanas, que segundo o ministro Abraham Weintraub não são prioridade do investimento público, mas também as áreas de ciências biológicas e exatas.
Bom Dia Brasil

As universidades também estão se pronunciando sobre o congelamento das bolsas. Na Universidade de São Paulo (USP), professores cientistas e estudantes se manifestaram contra a medida dizendo que o corte é desastroso para a ciência brasileira, só no Instituto de biociências da USP, 38 bolsas foram cortadas. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) 55 bolsas foram cortadas. Na Universidade de Brasília (UnB) a suspensão de bolsas atinge 123 pesquisas de mestrado e doutorado. Na Universidade Federal da Bahia (UFBA) são 82 bolsas de pesquisa de mestrado, doutorado e pós-doutorado, afetando 72 alunos. Na Universidade Federal do Ceará (UFCE), o bloqueio atinge 61 bolsas e na Universidade Estadual de Londrina (UEL), ao todo, foram cortadas 28 bolsas, sendo 12 de outorado, 10 de mestrado e 5 de pós-doutorado.

O governo de Bolsonaro sucatea as universidades públicas impondo cortes de mais de 30% e a produção cientifica, enquanto faz chantagem dizendo que isso pode ser revertido se a reforma da previdência for aprovada no entanto seguem pagando a dívida pública, sugando uma grande parte do orçamento que a União arrecada, devido uma dívida ilegítima que só cresce e beneficia o capital estrangeiro imperialista.

Mais do que nunca, é preciso levantar a necessidade de unificar as categorias, lado a lado aos jovens, por um programa que imponha que sejam os capitalistas a pagarem pela crise. Nessa semana mais de 3 mil estudantes do Colégio Pedro II também afetado pelos cortes fizeram um ato num evento onde estava Bolsonaro. Na UFF, mais de 10 mil pessoas foram às ruas de Niterói para dizer que não aceitarão os ataques. Em Nata, Curitiba e Jão Pessoa, milhares de estudantes foram as ruas em repúdio aos ataques a educação, mostrando a disposição e energia para derrotar não apenas os ataques a educação de cojuntom mas também junto aos trabalhadores, avançar para derrotar a reforma da previdência.

A CNTE está chamando uma paralisação nacional da educação no próximo dia 15 de Maio e se anunciou uma greve geral no próximo dia 14 de Junho. Mais do que nunca, não podemos deixar os professores e os estudantes sozinhos. A CUT e a CTB precisam convocar assembleias e reuniões nos lugares de trabalho por uma efetiva paralisação no próximo dia 15 contra a Reforma da Previdência e os ataques à educação. A União Nacional dos Estudantes, que prepara seu Congresso neste ano e já adiou sua data para dias úteis em que jovens trabalhadores não poderão ser parte, precisa coordenar as medidas em centenas de universidades para que o movimento estudantil entre em cena como potente aliado aos professores e aos trabalhadores de conjunto, cumprindo o papel que eles tanto temem.
É unindo forças que podemos derrotar os ataques de Bolsonaro e fazer com que os capitalistas paguem pela crise.




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