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CORREIOS | Assembléia de correios de SP tira indicativo de greve para dia 14/12

quinta-feira 8 de dezembro de 2016 | Edição do dia

No dia 7/12, quarta-feira, aconteceu a assembleia dos ecetistas de SP, convocada pelo SINTECT-SP (CTB/PCdoB). Esta continha pauta única e se referia as negociações a respeito do plano de saúde em mesa paritária entre empresa e representantes dos trabalhadores que vem acontecendo, de acordo com o deliberado no acordo coletivo deste ano.

Segundo o sindicato, devido a uma dívida de mais de R$500 milhões da ECT com os credenciados do Postal Saúde, a Agencia Nacional de Saúde ameaçou a intervir e suspender o funcionamento do plano de saúde. A partir disso o presidente da ECT passou a colocar nas reuniões paritárias que a empresa não tem fundos para pagar a dívida e que portanto seria necessário aumentar a participação dos trabalhadores com medidas como aumento da coparticipação, criação de mensalidade, limitação do atendimento aos dependentes diretos e exclusão dos indiretos, como pai e mãe.

Mais uma vez a empresa tenta avançar em ataque aos trabalhadores utilizando o discurso de rombo financeiro. O orçamento que a direção apresenta sempre foi duvidoso, não apenas pela veracidade dos números (e a manipulação da sua exposição) mas também pela administração que fazem dos recursos. Para que houvesse uma confiança de que os recursos estão sendo bem geridos seria necessário uma auditoria da das finanças controlada pelos próprios trabalhadores além do controle da empresa passar para as mãos dos trabalhadores e da população, garantindo assim sua real transparência, o caráter social da ECT, a qualidade de seu serviço , além da garantia dos direitos dos trabalhadores.

A assembleia decretou estado de greve caso a empresa insista em não pagar a dívida que adquiriu, ameaçando dessa forma o já precarizado plano de saúde. Em conversa com alguns trabalhadores que estavam na assembleia, o Esquerda Diário ouviu a crítica de carteiros da grande São Paulo de que “o sindicato não mobilizou para esta assembleia, nem passou informativo nas unidades”. Também chamou a atenção a negativa da direção do sindicato em deixar a oposição da Conlutas falar na assembleia (como já fizeram inúmeras vezes). Como foram impedidos de falar, transcreveremos aqui o depoimento de integrante da Oposição:

“Olha, a gente já esperava que a assembléia ia rolar dessa forma, sem espaço para a Oposição falar. A atual diretoria do sindicato considerou que não havia gente o suficiente para haver fala, mas com todo o respeito ao companheiro Divisa (presidente do sindicato), tinham representantes da oposição presentes sim e para mim caberia uma fala da Oposição dizendo que só essa paralisação não resolve o problema. R$ 500 milhões é a divida que existe hoje, mas nem todas as clínicas processaram os correios, não processaram o plano. Na minha opinião, paralisar só pelo pagamento da atual dívida é uma forma de evitar a real luta ou enfraquecer a luta la na frente, que a gente sabe que é a de voltar o plano de saúde antigo, o Correio Saúde presidido pela própria ECT, que era mais barato e funcionava. A continuação desse plano de saúde do jeito que ta vai levar ao custeio pelo funcionário e vai afundar ele em dívidas. Além disso a luta tem que ser articulada com os 37 sindicatos a nível nacional, e não só em São Paulo e Bauru, como ta sendo feito até agora.”

Até o momento, os sindicatos filiados a FENTECT e os outros sindicatos da própria FINDECT não se pronunciaram sobre o indicativo de greve de SP. A próxima assembléia de São Paulo, ocorrerá no dia 14/12, no CMTC clube às 19:00h.




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