quinta-feira 24 de outubro de 2019 | Edição do dia
Nesta quarta-feira (23/10) aconteceu a Assembleia da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). Onde se fez avaliação da conjuntura, debateu-se a nova versão do Future-se, retomou-se o assunto das progressões/promoções docentes na universidade, e em seguida os encaminhamentos.
Esta assembleia que aconteceu em um contexto onde há rebeliões na Catalunha, no Líbano e, na América Latina, em particular, em Puerto Rico, no Equador, em Honduras, e, principalmente, no Chile. Esse cenário está agravando os problemas para extrema direita e para as direitas tradicionais, como o caso da provável derrota de Maurício Macri no próximo domingo na Argentina. Sem mencionar a derrota de Benjamin Netanyahu, aliado de Bolsonaro, em Israel que não conseguiu conformar um governo.
Merece nota principalmente o caso de Sebastián Piñera no Chile, e o desgastado modelo neopinochetista defendido pelo Ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, que se propõe a aplicar no Brasil as políticas que hoje tem chamado a juventude, trabalhadores e mulheres às ruas do Chile, mesmo com o estado de emergência e a forte repressão.
Esse contexto de enfrentamento não acontece ainda no Brasil, não é pela falta de disposição de luta, mas pela paralisia da CUT, CTB e a oposição exclusivamente parlamentar do PT, PC do B e demais partidos ditos da oposição que estiveram ausentes de maneira efetiva nas lutas contra a Reforma da Previdência.
Focaremos em duas importantes moções que foram aprovadas por unanimidade nos encaminhamentos, a partir da proposta do professor Gonzalo Rojas, do Esquerda Diário.
Solidariedade com a luta dos trabalhadores, jovens e mulheres do Chile que estão greve geral até o fim do estado de emergência e saída do presidente Sebastián Piñera.
Destacamos que é fundamental evitar as armadilhas institucionais, por isso defendemos uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana no Chile contra as ruínas do regime.
Repudio à demissão do funcionário Sidney Alex da Silva, pertencente aos quadros da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (FUNCAMP), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Por ter falado em nome dos trabalhadores terceirizados na Assembleia Universitária realizada no dia 15 de outubro, reivindicando a não demissão de cerca de 330 funcionários terceirizados que poderia ocorrer nas próximas semanas. Exigimos sua imediata reincorporação!!!
Além dessas foram aprovadas moções por uma semana de lutas pela educação a ser realizada em Novembro, a qual os temas do Future-se e da provável Reforma Administrativa contra os Servidores Públicos Federais devem aparecer. Moção rejeitando o Future-se, mais uma vez, esta vez entendendo que novo documento não altera o conteúdo dos ataques que já apareciam.
É preciso tomar o Chile como exemplo, que as lutas de lá nos inspirem, para que não aceitemos passivamente os ataques ao conjunto da classe trabalhadora, às mulheres e à juventude, como foi a aprovação da Reforma da Previdência.
