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Minas Gerais | Árvore de dinheiro usada por deputado do NOVO contra grevistas custa mais que salário de ASB

O deputado Guilherme da Cunha (NOVO) utilizou uma árvore com dinheiro pendurado para provocar os trabalhadores da educação. Diz ele que os servidores "acreditam que dinheiro nasce em árvore". A hipocrisia é tanta, que na própria árvore montada por ele, tem uma quantidade de notas de R$100 que equivalem a um valor superior ao salário recebido por uma assistente de serviço básico (ASB), setor que está em greve contra Zema.

quarta-feira 30 de março de 2022 | Edição do dia

É possível contar pelas imagens ao menos 22 notas de R$100 utilizadas pelo deputado. Isso significa um valor maior que o que é recebido pelas ASBs. Essa categoria, que em sua maioria é composta por mulheres negras, com os descontos nos salários, em muitos meses recebem menos que um salário mínimo. Elas são obrigadas a fazer contas para não passar fome no final do mês. Enquanto isso, o deputado faz chacota com seus salários.

Esses R$2.200,00 é também um valor maior que o recebido pela maioria dos professores que ganham R$2.135,00.

Saiba mais: Deputado do NOVO provoca trabalhadores da educação em sessão na ALMG

O deputado usa sua árvore para dizer que os trabalhadores acham que dinheiro nasce em árvore, mas a própria árvore que o excelentíssimo montou, tem mais nota de R$100,00 que no bolso de qualquer trabalhadora da educação.

Guilherme utilizou essa árvore justamente para atacar esses setores que estão em greve contra Zema, pelo pagamento do piso nacional da educação. No entanto, o que o parlamentar não fala é que o governo Zema garante em isenção de impostos para empresários de Minas Gerais um valor equivalente a R$10 bilhões

Dinheiro realmente não “nasce em árvore”, mas é “doado” por Zema aos empresários. Somente de IPVA, Zema deixou de cobrar R$1 bilhão de reais neste ano, sendo o principal favorecido o empresário dono da Localiza, Salim Mattar.

Enquanto Zema garante os lucros de seus amigos, para os trabalhadores da educação resta o arrocho salarial, que não têm um aumento há 5 anos. Pelo pagamento do piso nacional da educação, que significa um reajuste de 33,24%, os educadores estão em greve contra Zema.

Os trabalhadores de Minas Gerais em greve mostram o caminho contra os ataques dos governos e de seus apoiadores. Com grandes manifestações, organizadas nas bases das categorias, unificando as lutas dos setores em greve como os educadores, os trabalhadores da saúde, os metroviários, sem se aliar àqueles que reprimem a classe trabalhadora, como as polícias, que será possível arrancar o pagamento do piso salarial da educação e das demais demandas das categorias.

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