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ARGENTINA | Argentina: enfrentar o plano de guerra que será votado hoje contra o povo trabalhador

Com a cumplicidade dos peronistas e da burocracia sindical, hoje será votado no Senado o orçamento de Macri e do FMI. Ganham os especuladores, perde o povo trabalhador. A perspectiva de uma catástrofe econômica e a política da esquerda frente a crise.

quarta-feira 14 de novembro de 2018 | Edição do dia

• Finalmente, chegou o dia. Hoje o Senado dará sanção definitiva ao orçamento de ajustes para 2019, projetado nos Estados Unidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Macristas, peronistas e burocratas sindicais que se negaram a convocar uma paralisação nacional e um plano de luta, serão os responsáveis de sua aprovação.

• Como denuncia o PTS – Frente de Esquerda, que rechaça este ataque no Congresso e nas ruas, é um orçamento armado em função dos interesses dos especuladores do capital financeiro. Estabelece que os ajustes farão o povo trabalhador pagar 600.000 milhões de pesos da dívida em 2019. Enquanto a economia entra em recessão, aumenta os demitidos, diminui o poder de compra dos salários, sucumbe a saúde, a educação e as obras públicas.

• O cenário é ruim, mas pode ser ainda pior se, como sucedeu com o acordo firmado em junho com o FMI, esse plano também fracassa e voltam as corridas cambiais. De fundo, persistem sérias dúvidas acerca da capacidade argentina de evitar um default. Além do ajuste que está em curso, haverá uma enorme hipoteca para o futuro próximo.

• Temos que impedir essa catástrofe que querem nos levar. Ninguém votou no plano do FMI. O macrismo, o peronismo, e as burocracias sindicais fazem pactos pelas costas do povo trabalhador. Contra todos eles, o PTS-Frente de Esquerda, que batalha por um governo dos trabalhadores, faz uma proposta de emergência: lutar por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, com representantes eleitos a cada 20.000 eleitores, que possa decidir democraticamente sobre os destinos do país. Nela, defenderíamos medidas de emergência como o não pagamento da ilegal, ilegítima e fraudulenta dívida pública; a nacionalização dos bancos e do comércio exterior; a expropriação dos grandes latifundiários; a estatização sobre controle operário e controle popular de todas as empresas privatizadas; o direito ao aborto legal, seguro e gratuito; ou a separação da Igreja do Estado, entre algumas medidas fundamentais.

• Para lutar por essa perspectiva, e para revolucionar as organizações do movimento operário, estudantis e de mulheres para que sejam verdadeiras ferramentas de luta, o PTS colocou sobre a mesa uma tarefa de primeira ordem: a construção de um partido unificado da esquerda, dos trabalhadores e trabalhadoras e socialista. O conjunto desta política é a única realista se queremos impedir que mais uma vez a crise termine em uma catástrofe para o povo trabalhador, como em 2001. A urgência desta perspectiva é cada vez maior, contra o peronismo que chama a esperar às eleições de 2019 enquanto sofremos o ajuste, e que se prepara para seguir atacando no caso de chegar ao governo.




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