×
quinta-feira 7 de maio de 2015 | 00:01

Fotografía: Mariana - Enfoque Rojo

O La Izquierda Diario (Esquerda Diário da Argentina) entrevistou as Comissões de Mulheres de Lear1 e Madygraf2 presentes no ato3 realizado pela Frente de Esquerda e o sindicalismo combativo.

Comissão de Mulheres de MadyGraf

Erika: Depois deste 1º de maio vamos continuar lutando nas ruas, junto a todos os trabalhadores que saem para exigir seus direitos. Nós, desde MadyGraf, continuaremos com a campanha pela expropriação, que já conta com aprovação inicial dos deputados e falta que o Senado vote e aprove.Nós vamos seguir lutando para que os senadores não sigam jogando para frente esta votação.

Ingrid: Também temos que seguir impulsionando Comissões de Mulheres em outras fábricas. As companheiras mulheres junto aos companheiros homens tem que se colocar ombro a ombro para batalhar por cada um de nossos direitos. Deste modo, as coisas saem mais fácil, mais rápido, cresce mais e a luta se faz mais forte.

Erika: Para impulsionar estas comissões faz falta se organizar, mas também, que se conheça nossa experiência. Organizamos pelos nossos direitos, contra os feminicídios, e para não deixar que nos oprimam, si se consegue isso, tens uma organização.

Ingrid: A persistência na luta faz possível a organização, se te cansas, não podes organizar nada. Temos que lutar em primeiro lugar por nossos próprios direitos como trabalhadoras, mas também, para enfrentar os problemas que temos só pelo fato de sermos mulheres. Seja dona de casa, empregada doméstica, ou operária. Nós, além disso, seguiremos lutando por: Famílias na rua, nunca mais!

Erika: Gostei muito do discurso de Raul Godoy4, suas palavras foram justas. Chaves para definir como os trabalhadores tem que lutar. É uma grande referência.

Comissão de Mulheres de Lear

Andrea Matu: Depois deste 1º de maio temos que seguir lutando nas ruas, como viemos fazendo nestes mais de dez meses que levamos defendendo Famílias nas ruas, nunca mais. Contra a burocracia e o ajuste.

Todas as demandas que nos fez ir às ruas, e depois organizar a Comissão de Mulheres. É preciso estendê-las a outras fábricas, temos que difundir em grande escala nossa experiência. As mulheres se ficam em sua casa não conseguem nada. Quando saímos às ruas fazemos conhecida nossa luta, mas temos que fazer se conheça mais como funciona nossa organização e que em outras fábricas a tome como exemplo. Ou como foi na ex Donnelley, que as esposas se somaram a luta de seus companheiros. Em Lear também nos organizamos junto aos trabalhadores, esposas, irmãs, mães.

O discurso de Myriam5 foi muito bom. Além disso, fez uma campanha muito boa na capital. Christian Castillo6, que hoje (no ato) não falou, mas sempre está junto conosco nas lutas, nos representa em cada discurso que faz na legislatura ou nas ruas.

Notas e links:
1 Lear, é uma fábrica multinacional norte-americana, que na Argentina, os operários protagonizaram sete meses de mobilização para impedir as demissões dos delegados e ativistas combativos que se posicionavam contra os ataques que a multinacional queria implementar, enfrentando a patronal, o governo, a repressão policial e a burocracia sindical. Resgatando métodos históricos da classe operária e se organizando em comissões, como a de mulheres, criando uma grande frente única e transformando a causa em popular, através da luta por “Famílias na rua, nunca mais!” saíram vencedores. Leia mais sobre essa batalha de classe em: www.ler-qi.org/grande-batalha-de-classe

2 MadyGraf, ex Donnelley, é uma fábrica gráfica norte-americana na Argentina, agora sob controle operário, após a tentativa da patronal de fechar suas portas e demitir 400 operários. Veja mais sobre essa luta histórica em: http://www.ler-qi.org/Donnelley-Pri...

3 http://www.esquerdadiario.com.br/Ar...

4 Raul Godoy, operário ceramista da fábrica sob controle operário Zanon- Fasinpat, dirigente do PTS (organização irmã do MRT na Argentina), deputado reeleito pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores em Neuquén. Vídeo de sua fala no ato: http://www.laizquierdadiario.com/Vi...

5 Myriam Bregman, dirigente do PTS, advogada pelo CEPRODH – Centro de Profissionais de Direitos Humanos e candidata a chefe de governo pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores. Vídeo de sua fala no ato: http://www.laizquierdadiario.com/Vi...

6 Christian Castillo é dirigente do PTS, sociólogo e professor da Universidade de Buenos Aires (UBA), eleito deputado da província de Buenos Aires em 2013 pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias