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Argentina: A esquerda se prepara para um ato histórico na Avenida 9 de Julho

Neste 5 de outubro ocupará a avenida 9 de julho desde o Obelisco. Também realizará atos simultâneos nas principais cidade do país. O convite é especialmente dirigido à juventude. Nicolas Del Caño, candidato presidencial da Frente de Esquerda Unidade (FIT-U, na sigla em castelhano) fará o encerramento.

quarta-feira 25 de setembro de 2019 | Edição do dia

“Já chegamos a Atlanta e agora vamos por mais. Venha ocupar a 9 de Julho”. O convite já tem data e horário. Este sábado, 5 de outubro às 15 horas [em Buenos Aires].

A maior avenida da Argentina, testemunha histórica de atos e mobilizações, receberá milhares de militantes e simpatizantes das forças que conformam a Frente de Esquerda Unidade. Aqueles que são parte do sindicalismo combativo que seguem nas ruas contradizendo a CGT. Do movimento de mulheres que não quer “esperar” para reclamar seus direitos. Dos milhares de jovens que não querem que precarizem seus empregos, a vida, o planeta.

Não será a primeira vez que a esquerda argentina se coloca a demonstrar toda sua força. Em novembro de 2016 ocupou o estádio de Atlanta, com mais de 20 mil pessoas que chegaram de todo o país.

Desta vez redobra a aposta. Quer ocupar a 9 de Julho para que seja escutada a única voz que diz não ao FMI, a voz de quem não quer que a crise seja paga pelo povo trabalhador.

Nicolás Del Caño e Romina del Plá, candidatos a presidente e vice da Frente de Esquerda Unidade, serão encarregados de fechar o ato que, se espera, ser histórico.

Myriam Bregman, Néstor Pitrola, Juan carlos Giordano, Celeste Fierro, Laura Marrone e Alejandro Bodart completarão a lista de oradores.

O ato convocado na cidade de Buenos Aires será acompanhado por outros atos e encontros nas principais cidades do país, desde Salta e Jujuy ao sul da Patagônia, e nas principais cidades do país.

Para os anos que virão é necessária uma esquerda forte

Por que a Frente de Esquerda quer ocupar a avenida 9 de Julho [em Buenos Aires] no sábado dia 05?

Porque está convencida que Macri se vai, mas que o ajuste fica.

Porque basta escutar Alberto Fernandez flertando com o FMI para entender que o peronismo vai seguir pagando a dívida com dinheiro que teria que ir para educação, trabalho e saúde.

Porque basta escutar Albert oFernandez dizer às mulheres que “tem que esperar”, à UGT que “não tem que paralisar”, aos desempregados que “não têm que estar nas ruas”, para entender que o peronismo não vem para “recuperar o perdido”.

Porque basta vê-lo brindar com Mariano Arcioni, o governador de Chubut, para entender que as professoras, os servidores estatais e a enfermeiras terão que se preparar para novos ajustes.

Porque basta escutá-lo repetir que os primeiros anos do seu governo “serão duríssimos” para entender o que virá.

E para o que virá temos que nos preparar.

Para nos prepararmos temos que seguir nas ruas. A frente de Esquerda tem que fazer uma grande eleição em outubro que seja uma mensagem aos poderosos. Temos que ter novas cadeiras no congresso, pela cidade de Buenos Aires, a Província e em cada legislatura. Temos que apoiar a única força que está com os trabalhadores, as mulheres e os jovens.

Hoje querem tirara a esquerda das ruas. Por isso é tão importante estar nas ruas com a esquerda, com os que lutam. Este sábado 5 pode ser uma jornada histórica. Para as lutas de hoje e sobretudo para as que virão.




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