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ENEM | Após má repercussão, Temer pede anulação do ENEM para quem desrespeitar Direitos Humanos

sexta-feira 3 de novembro de 2017 | Edição do dia

A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu, nesta sexta-feira, 3, ao Supremo Tribunal Federal contra decisão que suspendeu item do edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que prevê nota zero na prova de redação de quem desrespeitar os direitos humanos.

O governo recorre contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que suspendeu a regra, a pedido do setor reacionário que defende o "Escola sem Partido", que determinava a anulação da prova de quem incluísse trechos com desrespeito aos direitos humanos em qualquer parte da redação.

O pedido foi encaminhado pela Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU responsável pela representação judicial das autarquias e fundações, em nome do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Para Marcella Campos, professora da rede estadual de SP, "Este movimento do "Escola sem Partido", que diz querer acabar com o "cabresto do politicamente correto", na verdade incentiva a elaboração de conteúdos racistas, xenofóbicos, machistas, lgbtfóbicos ou de qualquer outro conteúdo de ódio e violência que fira os Direitos Humanos. Para os adeptos do Escola Sem Partido, defender a "liberdade de expressão" é defender a "liberdade" de atacar os setores oprimidos da sociedade nas redações do Enem. Agora Temer pela via da AGU quer retroceder na decisão tomada anteriormente, mas nada diz sobre o avanço do trabalho escravo no país, principalmente agora com a eminência da entrada em vigor da Reforma Trabalhista e Previdenciária que virão com retirada de direitos brutais, esses sim extrapolando quaisquer direitos dos cidadãos brasileiros"

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