Economia
DEMISSÕES NA INDÚSTRIA
Após demissões, LG obriga mais 437 funcionários a entrarem em férias coletivas
A unidade de Taubaté da LG, a maior empresa de eletroeletrônicos em atividade no Brasil, colocou em férias coletivas 437 dos seus 1.500 funcionários.
segunda-feira 18 de junho de 2018| Edição do dia
A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos, já que a gigante multinacional sul-coreana se limitou apenas a justificar a medida autoritária e unilateral. Segundo a empresa, era preciso adequar a produção às demandas do mercado. Nessa planta, produz-se celulares, monitores e itens da linha branca.
Não custa lembrar que na semana passada, a unidade de Taubaté já demitira 50 funcionários, todos da área de produção de celulares, o que deixa ainda mais claro que a medida não visa nada além de proteger ainda mais seus altos lucros.
A demissão e as férias coletivas forçadas, os porta-vozes da empresa atribuíram ao acúmulo de estoque, ao cenário do mercado internacional e à instabilidade do dólar, fruto de uma política protecionista do Banco Central dos EUA que só faz empobrecer ainda mais os países emergentes já tão fustigados pela crise aberta em 2008 e que, desde então, só se agrava.
A empresa, como de resto toda a casta empresarial, não tem o menor compromisso com os funcionários, pois seu único interesse é espoliar cada vez mais a classe trabalhadora e, assim, garantir seus altos lucros.
A empresa declara que a medida visa a evitar novos cortes e que novas demissões não estão previstas. Acredita quem quer.
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