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METRÔ SP | Após cratera aberta, os trens da Linha 3-Vermelha do Metrô passaram o dia operando com lentidão

Nesta terça-feira a população da Região Leste da cidade de São Paulo sofreu ainda mais com as condições do transporte público. A razão foi um solapamento que abriu um grande buraco e atingiu parte do terreno do Metrô fazendo com que a Linha 3-Vermelha tenha passado o dia operando com lentidão.

quarta-feira 27 de janeiro de 2016 | 00:57

Após as chuvas intensas da madrugada de terça-feira, um grande buraco apareceu na Radial Leste atingindo desde a pista sentido centro da Radial Leste até o trilho do Metrô na Estação Artur Alvim, fazendo com que parte do muro que separa o Metrô da Radial Leste cedesse.

Segundo as informações da CET, esse local já estava sendo monitorado desde a sexta-feira passada quando se constatou uma rachadura no chão. Fato que se agrava por aquela ser uma região por onde passa uma galeria pluvial, ou seja, uma série de dutos subterrâneos responsáveis por escoar a água da chuva. Ontem, quatro dias depois da rachadura constatada e após uma noite de chuva intensa, a terra cedeu e foi aberto um buraco de 5 metros de profundidade e 5 metros de largura. O Metrô de São Paulo e a Prefeitura da cidade iniciaram uma obra emergencial, contudo a previsão é de 2 dias para a finalização.

Por conta desse solapamento, os trens da Linha 3-Vermelha do Metrô passaram o dia circulando com velocidade reduzida causando muito transtorno para a população. O Metrô acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (PAESE), com ônibus da Estação Itaquera até Carrão, que levaram os passageiros até o embarque na Estação Tatuapé.

Os relatos nas redes sociais era de que a população estava, no período da manhã, demorando cerca de 30 minutos para conseguir chegar até a catraca nas estações como Artur Alvim e Tatuapé. Durante o período da tarde o embarque foi ainda mais complicado, mas dessa vez nas estações do centro da cidade, a Estação Sé chegou a ficar fechada durante um período do horário de pico devido à quantidade de pessoas, com os metroviários fazendo o controle da entrada da população na Estação.

"Hoje foi mais um dia de caos na Linha-3 do Metrô de São Paulo" diz Sean Hieda, metroviário da Estação Sé e cipista da Linha 3-Vermelha. "Foram fechadas várias catracas para diminuir o número de pessoas dentro do sistema. Mas isso na verdade é só um paliativo". E complementa "Nesses dias há um aumento considerável nos conflitos, pois a população vê a passagem subindo e não vê a melhoria do transporte, pelo contrário só as falhas do sistema ficam mais frequentes".

"Querem dizer que o problema é da chuva forte, mas como é que ninguém sabia que poderia ocorrer algo assim? Quando conversamos com os metroviários, vários nos dizem que esse não é um problema novo, que o Metrô já sabia que tinha risco do chão ceder naquele local, mas vem há algum tempo colocando pedra para tentar conter que o solo ceda", diz Daphnae Helena, metroviária da Estação Sé e cipista eleita da Linha 3-Vermelha. "É absolutamente irresponsável da parte dos governos (do Estado e da prefeitura) e do Metrô, porque gera uma situação de muito risco pra toda a população caso ocorra algo com os trilhos. Além de expor a todos, metroviários e população, a uma grande situação de estresse que só aumenta os conflitos nas estações".




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