Em 16 dias de greve, os metroviários de Belo Horizonte mostraram sua força, mas foram duramente atacados pelos governos e pelo judiciário, que têm o objetivo de favorecer a privatização do serviço público essencial. Haverá nova assembleia dia 17.
sexta-feira 7 de janeiro de 2022 | Edição do dia
Os metroviários de Belo Horizonte decidiram hoje em assembleia suspender a sua greve, cuja pauta era contra uma resolução pró-privatização do metrô que ameaça fortemente os empregos dos trabalhadores da CBTU, além de avançar nos planos de Bolsonaro e Zema de entregar o serviço público de bandeja para a iniciativa privada encarecer e precarizar ainda mais o transporte da cidade. Após o judiciário ter determinado o cumprimento de escala mínima, que começou a operar depois de dois dias de paralisação total dos trens, a CBTU ameaçou o corte de ponto para os grevistas.
A greve se iniciou no dia 23 de Dezembro, mostrando a força da categoria ao parar 100% dos serviços do metrô em plena véspera de natal. O judiciário, além de determinar o funcionamento em pleno horário de pico a partir do dia 25 de Dezembro, deu um prazo para não julgar a greve ilegal, sem nenhuma espécie de exigência à patronal. Após longos dias resistindo em greve sem nenhuma contrapartida da empresa e diante da ameaça do corte de ponto, a maioria da assembleia votou suspender a greve até o dia 17 de Janeiro, quando haverá nova assembleia.
O coletivo de juventude Faísca Revolucionária esteve na assembleia de hoje, mais uma vez, oferecendo sua solidariedade e colocando as entidades estudantis nas quais atua na UFMG - Centro Acadêmico de Filosofia e Representação Estudantil das Artes Visuais, à disposição dos trabalhadores. O Esquerda Diário está a serviço dos metroviários e sua luta por seus direitos e de toda a população. Por um metrô 100% público e gerido pelos trabalhadores e usuários!
