×

15 NORDESTE | Apesar do boicote das centrais, milhares se manifestam em Natal contra a reforma da Previdência

quarta-feira 15 de março de 2017 | Edição do dia

(Imagem retirada do portal G1)

Neste 15M, trabalhadores de várias categorias e militantes de movimentos sociais participam, em Natal, de um ato unificado contra as reformas da Previdência e da legislação trabalhista, propostas pelo governo federal. Os manifestantes saíram em caminhada da praça Gentil Ferreira, no Alecrim, às 16h20, em direção à praça Presidente Kennedy, na Cidade Alta.

Segundo os organizadores, 10 mil pessoas participam do ato. A Polícia Militar informou que não vai divulgar estimativa do número de participantes.

Outros protestos e paralisações também ocorreram em estados do Nordeste, como Pernambuco e Paraíba, em os professores estaduais iniciaram greve por tempo indeterminado. Em Recife, os trabalhadores do metrô paralisaram o transporte da capital.

Na capital potiguar, os ônibus municipais pararam de circular por uma hora, professores decretaram greve e servidores da Saúde mantém apenas os serviços essenciais de emergência.

A mobilização é encabeçada pelo Sindicato dos Servidores em Saúde do RN (SindSaúde), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte), a Associação dos Docentes da UFRN (Adurn), o Diretório Central dos Estudantes (DCE), o Sindicato dos Agentes Penitenciário do Estado do Rio Grande do Norte (Sindasp) e a Frente Brasil Popular.

As centrais sindicais, especialmente a CUT e a CTB (a Força Sindical está negociando abertamente com os golpistas), estiveram longe de querer unificar os trabalhadores nas ruas, e fizeram o que puderam para conter a pressão das bases que no país inteiro mostrou enorme disposição de luta. Certamente o 15M poderia ter sido muito maior se as centrais tivessem colocado todos os seus recursos para organizar esta vontade de lutar contra as reformas neoliberais de Temer.

Apesar da falta de preparação promovida pelas centrais sindicais, o 15M já amedrontou os governos, inclusive Temer, que teve de criar um mundo imaginário discursando como se a população apoiasse a reforma previdenciária, quando ela estava aplaudindo os grevistas contra Temer.

Exigimos que esta paralisação nacional seja um ponto de partida para que a CUT e a CTB convoquem um sério plano de luta que unifique os trabalhadores pelas bases. A esquerda, nas entidades que influencia, também deve fazer todos os esforços para chamar assembleias nas universidades, escolas e locais de trabalho para discutir democraticamente como seguir a luta aberta pelo 15M, que recebeu apoio da imensa maioria da população




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias