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18M | Apesar das direções, os petroleiros mostraram o caminho. Vamos construir um forte dia 18

Frente a continuidade dos planos de privatização e demissões da Petrobras e a ofensiva do autoritarismo, com o vídeo de Bolsonaro e os chamados da extrema direita para manifestações no dia 15 de março, a luta dos petroleiros deve servir como uma inspiração para o conjunto da classe trabalhadora brasileira. É preciso confiar em nossas próprias forças e construir desde a base uma forte paralisação nacional no dia 18, com milhares de assembleias e reuniões nos locais de trabalho e estudo.

Carolina CacauProfessora da Rede Estadual no RJ e do Nossa Classe

sexta-feira 28 de fevereiro de 2020 | Edição do dia

A greve dos trabalhadores da Petrobrás mostrou a enorme capacidade que uma categoria estratégica da produção pode ter para se aliar com a população e enfrentar os planos neoliberais de Bolsonaro e Guedes. Mesmo com o boicote da mídia burguesa, o autoritarismo patronal e judiciário, as e os petroleiros protagonizaram mais de 20 dias de uma forte greve em defesa de mil trabalhadores que seriam demitidos com o fechamento da FAFEN no Paraná. Num forte diálogo com a população sobre como a privatização e a subordinação aos planos imperialistas eram os grandes responsáveis pelos altos preços no gás de cozinha, na gasolina e de tantas outras demandas sentidas no dia a dia da classe trabalhadora.

Tratava-se de uma greve que tinha força para derrotar completamente as demissões e frear os planos privatizantes, se não fosse o desmonte articulado pelas direções da FUP (CUT/PT). A empresa agora se aproveita desse recuo das direções burocráticas para seguir com as demissões e ir a conta gotas avançando com seus planos de privatizações. Mesmo assim, consciente do papel explosivo desses trabalhadores e dessa luta, o judiciário golpista teve que se colocar como intermediador para acalmar os ânimos dos trabalhadores, ainda que proponham apenas um aumento no valor do PIDV da FAFEN.

Frente a continuidade dos planos da empresa e a ofensiva do autoritarismo, com o vídeo de Bolsonaro e os chamados da extrema direita para manifestações no dia 15 de março, a luta dessa combativa categoria deve servir como uma inspiração para o conjunto da classe trabalhadora brasileira. Confiar em nossas próprias forças e construir desde a base, com milhares de assembleias e reuniões uma forte paralisação nacional no dia 18, que tenha na sua linha de frente os petroleiros, os professores em greve, os trabalhadores dos Correios que entrarão em greve dia 3, aliados com as mulheres, os estudantes, os movimentos sociais. Realizando grandes jornadas de protesto e manifestações no dia internacional das mulheres e nos atos em memória de Marielle Franco, como preparatórias dessa paralisação nacional no dia 18, onde poderemos dar uma resposta contundente contra as forças bolsonaristas, de forma independente e sem alimentar ilusões nas supostos “forças democraticas”, como o Congresso, que nada mais é que um balcão de negócios dos empresários, ou no STF e partidos golpistas. Pois já vimos várias vezes, como apesar das disputa entre essas alas, o único ponto em que convergem é na implementação de profundos ataques contra nossa classe, como foi com a reforma da previdência, a reforma trabalhista e diversos projetos.

Nossa tarefa é unir a classe trabalhadora, se inspirando no caminho apontado pela greve das e dos petroleiros, para realizar uma grande paralisação nacional, organizada desde a base contra o golpismo, as reformas neoliberais e em defesa do emprego e da Petrobras. Essa é a batalha que nós do Movimento Nossa Classe e da juventude Faísca estamos dando em cada local de estudo e trabalho que atuamos, defendendo que nossos sindicatos, as grandes centrais, como a CUT e CTB, as entidades estudantis, CAs, DCEs e a UNE, construam centenas de assembleias e reuniões em cada local de trabalho e estudo.




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