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IMPERIALISMO | Apesar da crise sanitária, EUA exige reabertura urgente de empresas no México para continuar fabricando armas

Por meio de seu embaixador no México, Christopher Landau, os Estados Unidos pressiona para que se tomem medidas com o intuito de "salvar as cadeias de suprimentos" com o Canadá e o México. Essas medidas envolvem, no entanto, em primeiro lugar, não aquelas que podem produzir insumos para a crise sanitária aberta pela expansão do coronavírus, como álcool gel ou respiradores, e sim aquelas que afetam a produção de armas nos Estados Unidos. Mas nossas vidas valem mais que seu arsenal!

sábado 25 de abril de 2020 | Edição do dia

O embaixador dos Estados Unidos no México, Christopher Landau, publicou em sua conta oficial no Twitter uma série de mensagens exigindo que se "salvem as cadeias de suprimentos entre os Estados Unidos, Canadá e México". Isso depois dos representantes do Pentágono se posicionarem em torno do fechamento dessas empresas no México e anunciarem que o governo dos EUA pediria ao governo mexicano que reativasse algumas delas.

Em particular, o interesse da Casa Branca se centra na reabertura de empresas cuja paralisação afeta a produção de armamentos nos Estados Unidos.

"A integração econômica da América do Norte exige coordenação", disse Landau, depois de ser questionado pelo apelo que fez a favor da reativação econômica dessas fábricas, que coloca milhares de trabalhadores em exposição ao vírus. "É claro que a saúde vem em primeiro lugar, mas parece míope sugerir que os efeitos econômicos não importam", argumentou. Ele garantiu que não era impossível manter a economia funcionando e cuidar da saúde dos trabalhadores, enfatizando que as cadeias de suprimento estão em perigo.

Nas últimas semanas, a atividade nas maquiladoras na fronteira norte foi afetada por infecções, fechamentos, sanções, paralisações e greves que exigem que as empresas fechem as instalações devido à disseminação do vírus, além de lutar por melhores condições de higiene naquelas que continuam a operar. Somente em Chihuahua, com o fechamento de dezenas de plantas, estima-se que 180.000 trabalhadores industriais se encontrem inativos.

Algumas dessas empresas, como Washington destacou, são fornecedores de matérias-primas importantes para a base industrial de armas dos EUA.

O retorno à produção não pode depender dos interesses das empresas ou da indústria da morte de países com interferência militar em nações economicamente dependentes. O retorno e a manutenção da produção, a fim de garantir o bem-estar e a saúde de seus funcionários, devem estar nas mãos dos próprios trabalhadores. Somente Comissões eleitas pela base dos trabalhadores podem determinar se existem condições para seguir produzindo, e apenas a força organizada destes setores pode repensar o que produzir e decidir se a produção será destinada a servir a grande maioria ou alguns poucos, que não hesitam em colocar seus lucros e seus armamentos sobre a segurança e a vida dos próprios trabalhadores.

Link da matéria original: https://www.laizquierdadiario.com/Pese-a-pandemia-EE-UU-urge-reapertura-de-empresas-en-Mexico-para-seguir-fabricando-armas

Traduzido por Lucas Santiago




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