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CASS UERJ | Antes de tudo um CASS-UERJ de luta

Publicamos aqui o balanço do que foi a Gestão Por Isso me Grito, do CASS UERJ, composta pela Faísca, Pão e Rosas e independentes.

domingo 7 de julho de 2019 | Edição do dia

UMA GESTÃO COM A CARA DO SESO

Membros da Juventude Faísca, do Grupo de Mulheres Pão e Rosas e estudantes independentes construíram essa gestão que teve a cara do curso: minas negras, trabalhadoras, mães, que todo dia lutam para conseguir se manter nesse espaço, superando cada desafio para seguir estudando mas também que tomam cada uma das lutas e batalhas nas suas mãos.
E há quase exato 1 ano atrás a Gestão Por Isso Me Grito era eleita! Agora, perto de seu fim, resgatamos aqui um pouco da história que compartilhamos nesse ano que passou.

ANTES DE TUDO, UM CASS DE LUTA!

Nas batalhas que demos nesse um ano, não partimos do nada, partimos da história, da força e dos aprendizados acumulados pelo conjunto das estudantes de Serviço Social e da FSS. Neste curto período tudo que construímos não fizemos sozinhas, mas com MUITAS companheiras de curso. Buscamos levar a frente a concepção de entidade que defendemos na campanha eleitoral, um CA que fosse, acima de tudo, uma ferramenta de luta das estudantes, que pudesse organizar e impulsionar cada luta que a conjuntura exigisse, honrando o histórico do curso que recentemente completou 75 anos de existência.

Estivemos na linha de frente do movimento estudantil da UERJ e do país, nos colocando firmemente contra todos os ataques à juventude e aos trabalhadores, como o golpe institucional, a prisão arbitrária do Lula e os ataques da extrema-direita bolsonarista.

Estivemos lado a lado com as terceirizadas, as trabalhadores mais precarizadas da universidade que são em sua grande maioria mulheres e negras, defendemos a efetivação delas sem concurso público.

Lutamos em defesa da UERJ contra os ataques, tanto do governo de Pezão quanto de Witzel, defendendo a autonomia universitária, as cotas e a permanência estudantil.

Essas são lutas que fazem parte de uma luta maior, por uma outra universidade, pelo fim do vestibular, que funciona como um filtro social que impede que a universidade seja realmente aberta a todos e, principalmente, o acesso do conjunto da juventude negra e dos filhos dos trabalhadores. Em defesa de uma Universidade à serviço da classe trabalhadora!

Combatemos as opressões que o capitalismo nos impõe diariamente, debatendo temas como o machismo, a legalização do aborto e LGBTfobia, transformando cada batalha dessa em uma luta pela superação desse sistema, para que possamos construir uma sociedade livre de toda a opressão e exploração. Fomos parte do #EleNão numa campanha ativa contra Bolsonaro e a extrema-direita com uma PARALISAÇÃO DE 2 DIAS.

Em defesa dos direitos das mulheres

Realizamos uma campanha pela legalização do aborto junto à Maré Verde na Argentina, no Brasil e na UERJ: nenhuma a menos por abortos clandestinos. Convocamos uma plenária de mulheres que contou com a presença de dezenas de mulheres de diversos cursos da UERJ.

CONTRA OS RACISTAS, NENHUM PASSO ATRÁS EM DEFESA DAS COTAS!

Enfrentamos o PSL e a direita somos parte ativa da campanha na UERJ contra o PL do reacionário Rodrigo Amorim que quer acabar com as cotas!

MARIELLE, PRESENTE! NÃO ESQUECEMOS, NÃO PERDOAMOS!

Dentre as atividades do mês da consciência Negra, organizamos uma homenagem à Marielle e ao Mestre Moa. Impulsionamos uma constante campanha por justiça à Marielle e Anderson. Fomos junto com o curso de Geografia, os únicos CURSOS DO PAÍS A PARALISAR POR MARIELLE exigindo justiça e uma investigação independente no 1 ano de sua morte.

SER ASSISTENTE SOCIAL É DEFENDER A CLASSE TRABALHADORA!

É dessa forma que encaramos a formação profissional, dentro e fora das salas de aula. Fizemos um minicurso, palestras com professores do curso e convidados. Impulsionamos junto a direção e dos departamentos da faculdade OS CONSELHOS DE CLASSE, entendendo que este espaço é fundamental para que cada estudante possa ter o direito de opinar sobre a sua formação e a relação em sala de aula, de forma democrática.

Estivemos presentes nas reuniões gerais e administrativas levantando debates políticos e conseguimos importantes conquistas, a manutenção dos conselhos de classe, as eletivas novas e em dias diferentes (que sempre foi uma demanda dos estudantes). Nesses espaços defendemos e conquistamos também a liberação de aulas e abono de faltas em dias de lutas e atividades importantes.

Construímos uma gestão democrática com plenárias, assembleias, votações, mesas e debates. Recebemos os calouros em recepções sem opressões e, é claro, tivemos festas e atividades sociais.

JUVENTUDE: PONTA DE LANÇA CONTRA OS ATAQUES

Há anos o Serviço Social é um curso decisivo no Movimento Estudantil da UERJ, cada estudante que por aqui já passou e que ainda cursa é parte dessa história, a qual buscamos seguir e fortalecer para que cada vez mais possamos ser referência de luta para as estudantes da UERJ de conjunto e um exemplo nacionalmente. O que buscamos construir nesse 1 ano com cada estudante é o que achamos que toda entidade estudantil deveria fazer. Se cada CA e o DCE buscassem ser uma ferramenta de organização política dos estudantes, o movimento estudantil com certeza seria bem mais forte e poderia estar à altura de responder os ataques que agora se aprofundam com o governo Bolsonaro.

Infelizmente isso não é o que ocorre nas maiorias de CAs e nem no DCEs, como o exemplo de nosso DCE, que é dirigido pelo PT e PcdoB, e vem construindo há anos uma paralisia e agora não propõe nenhum plano de luta contra os ataques que estamos sofrendo. E nesse sentido os exemplos que damos aqui, são fundamentais dentro e fora da UERJ como parte de mostrar que é possível um outro movimento estudantil.

No momento em que Bolsonaro, Witzel e a extrema direita declararam guerra às universidades, cortando 30% dos recursos acusando as universidades de “balbúrdia” e no Rio atacando às cotas e uma política de extermínio da juventude, negra e pobre, É URGENTE CONSTRUIR UM FORTE MOVIMENTO ESTUDANTIL.

A Juventude e o Movimento Estudantil já mostrou seu potencial, nos dias 15M e 30M, onde mais de um milhão de pessoas foram às ruas, e também na GREVE GERAL do dia 14J, mostrando a importância de unir a juventude com a classe trabalhadora para que não sejamos nós que paguemos pela crise. Assim, nós da gestão do CASS junto os estudantes do SESO estivemos presentes com fortes blocos nos atos e mobilizações EM DEFESA DA EDUCAÇÃO E CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA, PARALISANDO e reafirmando que nossa luta é uma só com os trabalhadores contra os cortes e a reforma da previdência.

“Para cada governo reacionário, um CA de Serviço Social da UERJ”

Essa frase foi dita por uma professora do Seso em uma das mesas organizadas neste ano. Gostaríamos de pedir licença para mudar um pouco, pois o nosso desejo enquanto gestão é que para cada governo reacionário exista uma estudante de serviço social como nossas companheiras de curso e como muitos que antes de nós por aqui passaram e são parte dessa história.
Agradecemos a cada estudante que ajudou a construir essa gestão, as atividades, mobilizações e o CA conosco. Dentro de uma conjuntura difícil, com a ascensão da extrema direita, nós buscamos cumprir com o que nos colocamos a fazer. Por último, fica aqui o chamado para que continuemos ombro a ombro, construindo essa ferramenta de luta e convocando cada luta dessa dura conjuntura que teremos pela frente pois o futuro pertence a nós!

Veja aqui o material impresso produzido pela gestão: https://drive.google.com/file/d/1WbHLabXin3WfedK4MPmmRBRtmqAnleXQ/view?usp=drivesdk




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