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USP | Alunos de Letras da USP assistem aula no chão por falta de professores

As fotos anexadas aqui são de alunos das habilitações de português e inglês do curso de Letras da Universidade de São Paulo (USP), porém poderiam ser de qualquer habilitação da Letras ou de qualquer outro curso da FFLCH. Enquanto a reforma da previdência é aprovada à nível estadual e o PIB cresce menos da metade do esperado, o projeto de sucateamento das universidades públicas continua a todo vapor.

quarta-feira 11 de março de 2020 | Edição do dia

Os estudantes enfrentam problemas relacionados à superlotação das salas, resultando em alunos tendo que sentar no chão para acompanhar as aulas, remanejamento repentino de turmas, disciplinas que antes eram oferecidas nos dois períodos (matutino e noturno) sendo oferecidas agora somente em um, além do fato dos alunos de Letras estarem a mais de 30 anos em um prédio provisório. Todos estes problemas são consequência direta da falta de contratação de professores, não sendo contratados para repor aqueles que se aposentam ou morrem, e da precarização da educação.

A tendência é que esta situação se generalize e se agrave cada vez mais, chegando a situações extremas, como rodízio de professores para ministrarem uma mesma matéria, alunos assistindo aula de fora das salas e das janelas, e no limite podendo chegar inclusive ao fechamento de determinadas habilitações nos dois períodos. Todo este cenário contribui também para agravar outra tendência que já vem crescendo, a da evasão do curso, projeto racista e classista da burguesia, que não permite à juventude trabalhadora, sobretudo negra, ter acesso a um diploma de nível superior, tendo a reitoria recentemente cortado o passe livre e a meia passagem de mais de 1000 alunos moradores do Crusp (Centro residencial da USP).

A única alternativa a todo este quadro, é que nós, estudantes de Letras, que já nos enfrentamos muitas vezes com esse processo e viemos dificultando esse verdadeiro desmonte do nosso curso, das humanidades e da educação pública, nos mobilizemos junto aos professores e trabalhadores da nossa faculdade para conseguir reverter o avanço deste projeto.

Chamamos todos para a assembleia de estudantes, que ocorrerá no dia 16/02, para que possamos discutir essa situação rumo ao dia 18 de março e deliberar medidas do que fazer.




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