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CARESTIA DE VIDA | Alimentos frescos têm alta de 10,39% em março

sexta-feira 8 de abril de 2016 | Edição do dia

De acordo com os dados divulgados pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), “o Índice de preços da CEAGESP encerrou março com elevação de 10,39%. Frutas e verduras foram os setores que apresentaram as maiores elevações. Alta dos preços praticados, entretanto, atinge todos os setores”.

Confira os índices:

Geral: 10,39%

Frutas 13,53%: As principais elevações foram do mamão formosa (75,9%), melão amarelo (44,7%), uva itália (42,5%), mamão papaya (40,8%) e banana prata (25,2%). As principais quedas foram do maracujá azedo (-20,7%), kiwi (-9,1%), atemoia (-6,4%) e abacaxi havai (-5,95).

Legumes 0,29%: As principais altas foram do quiabo (28,3%), abóbora japonesa (23,8%), abobrinha brasileira (21,8%), vagem macarrão (21,7%) e pepino japonês (21,8%). As principais quedas foram do Cará (-28,3%), chuchu (-25,6%), tomate cereja (-21%) e berinjela (-18,5%).

Verduras 16,26: As principais altas foram da couve-flor (80,5%), couve (62%), brócolis ninja (31,5%), alface crespa (26,8%), alface lisa (25,6%) e escarola (22,7%). As principais quedas foram da erva-doce (-17,8%) e salsa (-13,7%).

Diversos 5,41: Os principais aumentos foram do milho de pipoca (21,6%), batata comum (13,6%) e ovos brancos (8,2%). As principais quedas foram do coco seco (-5,1%) e cebola nacional (-2,4%).

Pescados 7,66%: As principais elevações foram da betara (37,2%), pescada (26,6%), robalo (14,9%), polvo (13,8%) e tilápia (10,2%). Não houve quedas representativas no setor.

De acordo com a companhia, o primeiro trimestre do ano é afetado diretamente pelo volume de chuvas e altas temperaturas em algumas regiões, e estiagem em outras, o que leva a uma diminuição da oferta, e essa tendência deve diminuir com a entrada do outono.

Entretanto, segundo pesquisa do IBGE divulgada pela Folha de São Paulo, o aumento dos preços dos alimentos frescos tem sido tendência desde o inicio do Plano Real, ao contrário dos alimentos processados, levando a um consumo maior destes em detrimento daqueles. Apesar dos discursos publicitários que divulgam a moda da vida saudável, a realidade de milhões de brasileiros é a de uma alimentação cada vez menos natural e mais concentrada em alimentos processados e ultraprocessados.

Como também enfrentamos um cenário de crise econômica, a alta dos preços dos alimentos, associada à alta da carestia de vida de modo geral, com a desvalorização dos salários e desemprego, significa uma deterioração profunda nas condições de vida.

Esses dados demonstram, por um lado, o vazio dos argumentos das organizações de massa e movimentos sociais que seguem defendendo o governo do PT como um governo que supostamente trouxe melhoras aos trabalhadores, já que mesmo as pequenas migalhas que criaram a ilusão do consumo e do acesso à alimentação se perderam há tempos. Por outro lado, mostram o nível de ataques que os setores como a FIESP pretendem afligir às massas, já que se colocam contra o governo, porque não querem “pagar o pato” que seria ver os seus lucros caírem, para isso, defendem que os trabalhadores paguem o pato deles, com a eliminação dos seus parcos direitos e aceitando essa conjuntura de aumento do custo de vida junto com a queda dos salários e empregos.

Reafirmamos que a saída para os trabalhadores é se organizarem para não pagar pela crise, combatendo tanto os cortes de direitos e os ataques às condições de vida, venham eles do governo petista ou dos outros partidos da ordem nos estados e municípios, quanto combatendo a tentativa reacionária de fortalecer ainda mais os setores que querem nos impedir de lutar e aumentar os ataques, seja pela via do impeachment levado a cabo pelos próprios políticos – corruptos e ajustadores - ou das eleições gerais do judiciário e da FIESP, que querem apenas trocar as figuras mantendo as regras e aumentando os ataques.




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