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ELEIÇÕES 2018 | Alckmin faz campanha em Campinas e mente se importar com a saúde pública

Neste primeiro dia de outubro o candidato golpista Geraldo Alckmin fez campanha na cidade de Campinas e, contrariando os resultados de todas as pesquisas eleitorais, disse que está “super animado” e acreditando que pode ir ao segundo turno.

quarta-feira 3 de outubro de 2018 | Edição do dia

Na caminhada pelas ruas do centro esteve acompanhado do prefeito Jonas Donizette, PSB, entretanto chamou a atenção a ausência do principal quadro tucano da região, o deputado federal Carlos Sampaio.

O ex-governador do Estado, que por tantos anos atacou direitos, reprimiu e entregou os serviços públicos à parasitária iniciativa privada, insiste em sua campanha demagógica buscando convencer a população de que é uma solução aos problemas do país. O baixíssimo índice eleitoral de Alckmin é também uma expressão do rechaço às políticas do PSDB que este dirigiu contra os trabalhadores ao governar São Paulo, à sua corrupção que a Lava Jato faz vistas grossas, à imensa precarização dos serviços públicos, como educação, transporte e saúde, além das ameaças de intensificar a já brutal reforma trabalhista.

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Em entrevista coletiva à imprensa Alckmin falou que sua principal preocupação caso fosse eleito seria a saúde, que reabriria os mais de 30 mil leitos do SUS, só não disse que ele mesmo permitiu que fossem fechados, assim como aprovou um projeto de lei que congela gastos com a saúde e educação por dois anos [http://www.esquerdadiario.com.br/Alckmin-congela-investimentos-em-saude-e-educacao-por-dois-anos], a exemplo do que fez o presidente golpista Temer que o tucano apoiou com a PEC do teto.

Não por um acaso o tucano escolheu o tema da saúde em Campinas para fazer suas falsas promessas. A saúde na cidade enfrenta uma profunda crise que afeta diretamente a vida da população que depende do SUS. Além do corte de orçamento no Hospital das Clínicas da Unicamp, promovido de acordo com os cortes impostos pelo governador, também aconteceram diversos fechamentos das Unidades de Pronto Atendimento. E, como o mais expressivo deste profundo caos está o grande esquema de corrupção no Hospital Municipal Ouro Verde, feito pela empresa privada que o administrava, envolvendo o próprio prefeito Jonas e até a maior rede de comunicação da cidade. Com centenas de milhões desviados quem está pagando por isso literalmente com a vida são os trabalhadores e povo pobre.

A visita de Geraldo Alckmin e sua falsa preocupação é mais uma evidência de que estas eleições são uma farsa, a começar pelo veto antidemocrático do Judiciário ao direito de se votar em quem quiser, quando prendeu arbitrariamente Lula, mas também por sua tutela por parte do alto escalão das Forças Armadas, com seus militares opinando e buscando influenciar a política. Diante desse cenário fica explícito de que os trabalhadores, mulheres, setores oprimidos e jovens terão que construir com luta uma resistência aos ajustes e autoritarismos que querem impor, inclusive com uma expressiva candidatura de extrema-direita como é a de Bolsonaro, e não será o voto que resolverá a profunda crise já instalada no regime político. Não podem ser uma solução golpistas como Alckmin e nem mesmo mediadores como Haddad, que apoiado por Lula busca pactuar com os banqueiros e golpistas para governar. O caminho para enfrentar os ataques e defender direitos democráticos elementares passa pela defesa de uma Assembleia Constituinte que seja livre e soberana, ao contrário do que é defendido pelo vice de Bolsonaro que é defensor do horror da Ditadura MIlitar. Com uma constituinte imposta pela luta dos trabalhadores não só seria possível revogar os cortes na saúde, mas também as reformas já aplicadas, a privatização de importantes empresas estatais e impor o não pagamento da fraudulenta e ilegítima dívida pública, aprofundando a luta contra a exploração e opressão dos capitalistas e seus candidatos ao governo que querem nos fazer pagar pela crise.




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