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Coluna | Alagamento não é culpa da chuva, é do capitalismo

As águas de março que chegaram no último dia do mês e mostraram um capítulo antigo da novela que é quando chove no Rio de Janeiro e que quem sempre sofre com as consequências é mais uma vez a classe trabalhadora.

sexta-feira 1º de abril de 2022 | Edição do dia

Imagem: Centro de Operações Rio

As águas de março que chegaram no último dia do mês e mostraram um capítulo antigo da novela que é quando chove no Rio de Janeiro e que quem sempre sofre com as consequências é mais uma vez a classe trabalhadora.

Sem ônibus, metrô lotado, agua no joelho e sem ter como chegar em casa. Mais uma vez centenas de trabalhadores passaram pelo pesadelo de não poder somente conseguirem voltar pros seus lares depois de um dia intenso de trabalho.

Aqui, se não for pela bala, pela polícia, pelo transporte péssimo, a classe trabalhadora ainda tem que lidar com o caos promovido por uma chuva, mas administrado pelo governo de Eduardo Paes e Castro, capitalistas e pela casta suja e podre da burguesia carioca que visa o lucro do nosso serviço precário enquanto não nos permite o mínimo: chegar em casa.

A chuva nada mais é que uma condição meteorológica, mas que quando cai, somos nós, a classe trabalhadora e a juventude que pagamos a conta de uma crise que nesses momentos, sobe pelos bueiros e chega nos nossos joelhos.

Mas enquanto isso tudo acontece, do outro lado da cidade, no centro, os garis, que garantem a limpeza da cidade marcham até a prefeitura debaixo da mesma chuva, soltando o grito entalado na garganta de toda classe trabalhadora de que é greve e que ela continua e que não vai ser essa chuva que vai parar a locomotiva que só avança a todo vapor da luta de classes.

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Que façamos como eles, no sol ou na chuva! Que sejamos parte dessa mobilização potente da categoria, porque só a unidade entre os setores da classe trabalhadora na luta de classes e avançando como sujeito político que pode dar uma saída que não só resolve o saneamento da cidade, mas que garante que todo trabalhador consiga ter uma vida plena e chegar em casa numa sexta de chuva.




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