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AECIO NEVES | Aecio pediu e o STF cedeu. Gilmar Mendes será o novo relator de um de seus inquéritos

Ontem mesmo o advogado de Aecio pediu ao relator da Lava-Jato no STF, Edson Fachin, e ele cedeu. O ministro Gilmar Mendes será o relator de mais um inquérito instaurado contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) com base na delação da Odebrecht.

terça-feira 4 de julho de 2017 | Edição do dia

Gilmar Mendes (à esq.) e Aécio Neves em visita ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional, em 2009. Foto: Omar Freire/Imprensa MG/DIVULGACAO

O novo inquérito que ficou com Gilmar diz respeito ao suposto pagamento de vantagens indevidas para a campanha eleitoral de Antônio Anastasia (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais em 2010. Delatores afirmaram que, a pedido de Aécio, pagaram R$ 5,4 milhões em "vantagens indevidas" para a campanha de Anastasia.

Esse inquérito foi distribuído por prevenção a Gilmar Mendes porque um outro processo, também com base na delação da Odebrecht, foi redistribuído ao ministro no mês passado por sorteio eletrônico.

Sorte ou algo a mais, o fato é que a Mendes é conhecido pela sua ligação com os tucanos e por blindar Aécio em outros momentos. Alem disso, demonstra julgar favorável a preservação da casta política como um todo, inclusive dando voto de minerva para absolvição de Temer no seu julgamento via TSE.

Além disso o ministro teve uma conversa sua com Aécio interceptada pela polícia federal em abril. Nela, Aécio pede para que o ministro ligasse para um outro senador pedindo apoio ao projeto de abuso de autoridade. Mesmo após essa articulação ter vindo a público o ministro não se declarou impedido e nem constrangido a assumir o inquérito.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se manifestado favorável à redistribuição dos dois inquéritos - que estavam inicialmente com o ministro Edson Fachin - e pediu que ambos ficassem com o mesmo relator.

Esse segundo caso diz respeito à acusação de que o então senador Aécio Neves recebeu em 2014 valores indevidos pelo grupo Odebrecht para a sua campanha presidencial. De acordo com delatores, os pagamentos teriam sido feitos de forma dissimulada por meio de contratos fictícios firmados com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda. O tucano nega as acusações.




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