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REPRESSÃO CONTRA PROFESSORES | Ação da PMs do PR contra professores não será investigada

sábado 13 de fevereiro de 2016 | 11:00

O MP-PR pediu para que o inquérito que investiga a ação de policias no massacre contra a manifestação de professores da rede publica do Paraná que ocorreu no dia 29 de abril de 2015 em frente á Assembléia Legislativa, no Centro Cívico, fosse arquivada.

De acordo com o Ministério Publico, não existem elementos suficientes para dar inicio a um processo perante o Código Policial Militar. Este pedido foi feito pelo promotor Misael Duarte Pimenta de Neto, da Vara da Auditoria Militar.Segundo o promotor Paulo Markowicz de Lima, além de lesão corporal, os policias ainda estão sendo investigados por três crimes: abuso de autoridade, explosão de artefato e utilização de gás asfixiante. De acordo com a legislação militar, o crime de lesão corporal esta sendo investigado porque não existe tipo penal que se encaixasse em outras possibilidades com indícios, como abuso de autoridade e arremesso de explosivo.

O massacre ocorreu quando os manifestantes tentavam acompanhar a sessão da Assembléia Legislativa do Paraná que votava um projeto que atacava a Previdência Social dos servidores paranaenses. A categoria é contra este ataque, e por isso foi impedida de entrar no prédio pela Policia Militar que utilizou bombas de efeito moral, jatos d’água, spray de pimenta e bala de borracha contra os docentes.

A repressão que ocorreu no ano passado no Paraná é um dos exemplos de que quando os governos quererem, irão reprimir os trabalhadores e a juventude para que não se tenha nenhuma resistência contra os ataques que virão. A medida que o promotor Misael tomou em defesa dos policiais militares é um ataque para desmoralizar os professores e qualquer outra categoria que venha a se levantar no próximo período. Além do mais é uma medida que deixa o Estado do Paraná impune pelo crime que cometeu, o que pode abrir espaço para que outras repressões como aquela aconteçam.

Por sua vez mostra o caráter de classe de instituições como o MP-PR. Enquanto não estamos vendo nenhuma medida do Ministério Publico do Paraná para punir o governador do Estado do Paraná, Beto Richa do PSDB, que está acusado de desviar dinheiro da receita para levantar dois milhões de reais para abastecer a sua campanha eleitoral de 2014, o mesmo órgão se articular para inocentar aqueles que reprimiram os professores paranaenses. A Justiça, o MP e a Policia Militar estão a serviços dos grandes empresários, dos banqueiros e de políticos privilegiados e corruptos que estão contra os trabalhadores e os demais setores populares da sociedade, como o caso do governador do PSDB, Beto Richa e por isso os trabalhadores não podem esperar que os responsáveis a repressão aos professores do Paraná sejam punidos.

Para que todos os responsáveis pela repressão que ocorreu no Paraná sejam presos e todos os seus bens expropriados, é preciso um forte movimento independente dos trabalhadores do Estado do Paraná que consiga impor esta demanda. É preciso denunciar a atual direção da CNTE, que durante a greve dos professores do Paraná, não procurou se unificar com os professores de São Paulo mesmo após a brutal repressão e que não esta movendo nenhuma ação concreta em defesa dos professores do Paraná. As oposições a atual direção da CNTE ligada a CUT que rompam com o governo federal de Dilma, para botar em pé um grande movimento nacional contra os ajustes dos governos, que questione o lucro dos bancos e dos grandes empresários, mas também os casos de corrupções e os privilégios dos políticos da ordem para mostrar que os trabalhadores não podem pagar a conta por esta crise.




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