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Independência de classe | Abaixo o Teto de Gastos, garantidor dos lucros dos patrões que Bolsonaro e Globo defendem

Diante da manobra eleitoreira de Bolsonaro para furar o Teto de Gastos e viabilizar o Auxílio Brasil, a Globo faz campanha em defesa do congelamento de recursos para saúde e educação. Basta de disputa de narrativas burguesas que defendem os ataques e não respondem os sofrimentos das massas trabalhadoras e pobres de fome, inflação e desemprego! É preciso uma saída independente e unificada dos trabalhadores e setores oprimidos para revogar o Teto de Gastos e impor um auxílio de pelo menos um salário minimo.

segunda-feira 25 de outubro de 2021 | Edição do dia

A manobra de Bolsonaro e Guedes de romper o Teto de Gastos acarretou a debandada de quatro secretários do Ministério da Economia e crise no mercado financeiro. Bolsonaro está tentando correr atrás da popularidade perdida, com uma medida que não toca a necessidade de revogar a lei aprovada em 2017 pelo governo golpista de Temer com base na repressão dos estudantes das universidades federais que se mobilizaram contra, já que Bolsonaro é o herdeiro desse regime político.

A Lei do Teto de Gastos congelou 20 anos de "gastos" públicos e ataca diretamente a educação e a saúde. Durante toda a pandemia, com crise de insumos no Amazonas, mais de 600 mil mortos por covid, apagões no Amapá, cortes de bolsas de pesquisa e de formação de professores, fome, desemprego e inflação, Bolsonaro garantiu que o Teto de Gastos continuasse firme e forte, para que não fossem prejudicados os lucros dos capitalistas.

É esse o projeto que a Globo defende e que hoje, para supostamente se colocar no espectro anti-Bolsonaro e tentar alentar a chamada terceira via, também faz demagogia dizendo que o presidente poderia ter tirado o dinheiro para o Auxílio Brasil das verbas parlamentares. Além dessa retórica demagógica, a Globo se utiliza do argumento dos ataques, de que Bolsonaro não se preparou e não agilizou o suficiente a retirada de outros direitos dos trabalhadores, como as reformas.

A verdade é que, para combater Bolsonaro e seu populismo eleitoreiro, não podemos confiar na Globo e é necessário uma luta independente e unificada de trabalhadores, estudantes, indígenas, negros, mulheres e LGBTQIA+ pela revogação do Teto de Gastos e auxílio de pelo menos um salário mínimo. É urgente que os parlamentares, como os do PSOL, os partidos, organizações e sindicatos dirigidos pela esquerda, como PSTU, CSP-Conlutas e Intersindical, exijam das direções burocráticas das grandes centrais sindicais e entidade estudantil, como a CUT, CTB e UNE, dirigidas pelo PT e pelo PCdoB, que organizem assembleias em cada local de estudo e trabalho, por uma paralisação nacional. É preciso atacar os lucros dos empresários que enriquecem a custo de precarizar nossas vidas, enquanto estamos nas filas do osso e do lixo.

Para combater o governo, o desemprego, os altos preços e a fome, só podemos confiar nas nossas próprias forças. E, por isso, é necessária também uma luta pelo reajuste salarial mensal igual à inflação e divisão das horas de trabalho sem redução do trabalho, por emprego para todos. Basta de desvio eleitoreiro da nossa luta, como faz o PT, para colocar em perspectiva a eleição de Lula em 2022, que vai continuar implementando os ataques e se aliando com a direita. Inclusive, as grandes centrais sindicais já apontam arrego dos atos contra o governo, com a sugestão de que o próximo ato do dia 15 de Novembro não seja uma manifestação, mas sim um encontro de lideranças em espaço fechado.

Precisamos impor uma Nova Constituinte livre e soberana que não só revogue o Teto de Gastos, mas também todas as reformas aprovadas desde o golpe institucional, rompendo também com o pagamento da fraudulenta dívida pública que destina dinheiro público aos bolsos de banqueiros e multinacionais. Somente assim poderemos lutar e defender verdadeiramente as demandas e interesses da população trabalhadora, rumo a um governo de trabalhadores de ruptura com o capitalismo.

Veja também: É urgente um plano de luta contra a fome e o desemprego




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