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Abaixo as reformas, Assembleia Constituinte já!

domingo 21 de maio de 2017 | Edição do dia

Esta é a opinião dos grandes capitalistas e de seus políticos pagos: que um trabalhador não tem de ter uma hora de almoço, e sim há conforto em "comer um hambúrguer com a mão esquerda enquanto se operar a máquina com a direita". Que se pode flexibilizar "a idade de trabalho", regulamentando a escravidão infantil. Que não há problema algum em se adotar uma jornada laboral semanal de 80 horas, e até 12 horas por dia, e que só se possa aposentar quando todos os ossos e nervos da imensa maioria da população - os trabalhadores da cidade e do campo estiverem triturados. Mas tudo isso é "para o bem dos pobres", ganham como nomes "reforma da previdência" e "reforma trabalhista".

Os capitalistas vivem do sangue e suor da classe trabalhadora. É daí que tiram seus lucros. Querem aumentar enormemente a exploração de todos nós, tirando nosso lazer, nosso tempo de descanso, usufruto com a família, querem que deixemos nossas vidas nas fábricas e nos locais de trabalho. Que não possamos carregar nossos filhos nos braços porque nossos tendões estão rompidos pelo trabalho repetitivo e pela interminável jornada de trabalho.

Os capitalistas dizem que "não há outro jeito de melhorar a economia, senão aplicar as reformas; todos precisam fazer sacrifícios". Esquecem de dizer que os "de cima" não farão sacrifício algum: lucram como nunca. Em primeiro lugar, os banqueiros e grandes empresários, que recebem dezenas de bilhões de reais através do pagamento da fraudulenta dívida pública (que consome mais da metade de toda a riqueza produzida anualmente no Brasil). Depois, os empresários que vão lucrar tremendamente com o aumento da nossa jornada de trabalho, usando a situação de desespero dos 14 milhões de brasileiros desempregados para chantagear aqueles que trabalham a aceitar diminuições salariais e precarização das condições de trabalho.

Somos nós ou eles. Não é possível conciliar os interesses de classes sociais antagônicas. As brigas de camarilha entre os "de cima" tem por objetivo implementar estas odiosas reformas contra nós. Temer e o Congresso golpista buscam acelerar estas reformas; mas Lula e o PT não são alternativa, sempre governaram para e com os capitalistas, conciliaram com a direita e aplicaram duros ajustes.

Precisamos fazer política, uma política independente, porque nossas vidas valem mais que os lucros deles.

Precisamos aliar a classe trabalhadora (empregada e desempregada), a juventude, o povo pobre das cidades, os sem-teto e os indígenas, na defesa de uma greve geral que derrube Temer e que seja capaz de impor eleições de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana para alterar as regras do jogo e abolir todas as reformas reacionárias de Temer, assim como as medidas antipopulares de Lula e FHC. Essa experiência dos trabalhadores, tomando para si as rédeas das grandes questões nacionais, pode mostrar a importância de um governo nosso, dos trabalhadores, de ruptura com o capitalismo.




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