“Vamos dar uma mensagem de luta e de resistência contra o ajuste”, assim afirmou Nicolás del Caño, no ato de fechamento da campanha da Frente de Esquerda na Argentina junto à barraca dos trabalhadores despedidos da PepsiCo. Também falaram trabalhadores dessa fábrica em luta, Myriam Bregman, Néstor Pitrola, Marcelo Ramal, Laura Marrone, Juan Carlos Giordano e Maria del Carmen Verdú.
sexta-feira 11 de agosto de 2017 | Edição do dia
A Frente de Esquerda finalizou sua campanha para as PASO (processo de eleições primárias que ocorre na Argentina) nesta quinta-feira, 10, em frente à barraca que os trabalhadores despedidos da PepsiCo se instalaram, no Congresso Nacional. Lá falaram os principais candidatos da Cidade e da província de Buenos Aires.
Nicolás del Caño expôs que “a escolha de fazer o fechamento em frente à tenda dos companheiros da PepsiCo não foi por acaso: estamos juntos com eles, sua luta é nossa luta. Eles são um exemplo para todos os trabalhadores de como evitar a desesperança, mostrando que se pode lutar seriamente, enquanto a maioria da burocracia sindical dos sindicatos e a CGT (Confederação Geral do Trabalho, traduzido para o português) deixam o ajuste passar”.
O primeiro candidato a deputado pela província de Buenos Aires destacou também que “muitos falam contra o ajuste e se lamentam, mas o que deve ser feito é enfrentá-lo, como fazemos desde a Frente de Esquerda todos os dias. Pior ainda, nas campanhas, todos se mostram como opositores, mas no Congresso são eles que votaram todas e cada uma das leis de ajustes e entrega ao Governo. É muito clara a opção: os que foram cúmplices do ajuste ou nós, os que o enfrentamos”.
Por sua parte, Myriam Bregman, candidata a vereadora pela cidade de Buenos Aires, explicou que “já não é mistério nenhum que preparam um mega-ajuste para depois de outubro. E mais: mais demissões, mais flexibilização, aumento da idade para se aposentar, mais endividamento e mais entrega. E para isso eles têm que seguir negociando no Congresso, para que sigam votando as leis a Cambiemos. Só com mais deputados da FIT no Congresso é que haverá uma garantia para enfrentar de verdade o ajuste”. Bregman também declarou que “seguiremos combatendo como sempre fizemos: nas ruas e no Congresso, nas legislaturas em defesa dos trabalhadores, das mulheres e da juventude. Vocês já nos conhecem”.
Também Néstor Pitrola, candidato a senador pela província de Buenos Aires, declarou que “fechamos a campanha como a começamos, junto dos trabalhadores, em defesa dos postos de trabalho. O Governo oferece aos trabalhadores e à juventude ajustes e repressão. Sua agenda para outubro é a reforma trabalhista, da aposentadoria e impositiva. Chamados os trabalhadores, as mulheres e a juventude a votarem no domingo pelo voto que não falha: a FIT”.
O ato teve início com uma saudação dos trabalhadores e trabalhadoras da PepsiCo que agradeceram pelo apoio da Frente de Esquerda. Também se convocou a seguir lutando pela aparição com vida de Santiago Maldonado e a se mobilizar na sexta-feira na Plaza de Mayo.
Além disso, falaram no fechamento Marcelo Ramal, María del Carmen Verdú, Juan Carlos Giordano e Laura Marrone, candidatos da FIT na cidade e província de Buenos Aires, que foram parte da campanha militante e de luta da Frente de Esquerda.